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Opinião

- Publicada em 15 de Janeiro de 2018 às 16:14

A 'reinvenção' dos sindicatos

Da vivência das relações sindicais, tirei e tiro muitos aprendizados: estas entidades não podem ser tidas como negócios próprios. "Mandei demitir", palavras muito utilizadas nos últimos meses neste meio, com a mesma impostação de voz, tanto do lado patronal como do lado dos trabalhadores. Por isso, ouso lhes dizer que a reforma trabalhista pegou de roldão os dois lados do balcão.
Da vivência das relações sindicais, tirei e tiro muitos aprendizados: estas entidades não podem ser tidas como negócios próprios. "Mandei demitir", palavras muito utilizadas nos últimos meses neste meio, com a mesma impostação de voz, tanto do lado patronal como do lado dos trabalhadores. Por isso, ouso lhes dizer que a reforma trabalhista pegou de roldão os dois lados do balcão.
Questiono se a redução das entidades sindicais é a postura mais correta. Por que, com esta ceifa de recursos, não reinventar os sindicatos, voltando às ricas experiências do passado? "Tudo que não é sólido se desmancha no ar"; no entanto, vamos relativizar os atuais dramas e repensar as relações, a sociedade, os projetos. Começar pelas organizações associativas já estruturadas, e a reinvenção seria um bom caminho. Com sedes e vasto capital instrumental, quantas outras ações pensadas, articuladas poderiam ser realizadas? De que valem os discursos da dignidade da pessoa humana ou da meritocracia, quando no primeiro sinal de crise, do capital humano os melhores e mais antigos são os primeiros a "bailar", não importando nada do que fizeram? Entendo que, como em qualquer meio e nas associações sindicais, a diminuição de quadros acarretará atendimento precário, sem falar na redução de espaços e poder. Alguns sindicatos certamente deixarão de existir. Outros enfraquecidos e sem pessoas, deixarão de fornecer atendimento necessário aos associados, terão menos apoio de suas confederações e federações. Não existe reinvenção sem pessoas. Sindicatos são frente únicas de base, não podem ser vistos e tratados como negócio próprio, como já afirmei. São instituições livres de amarras de religião, filosofia e cor partidária. Sindicatos podem e devem ser reinventados. Logo, pergunto se os sindicatos vão caminhar para a extinção, ou irão em busca da sua reinvenção, criando novas ações e outras rendas para dar continuidade a seu trabalho.
Tudo dependerá dos dirigentes sindicais. Momentos novos e novas regras, novas táticas. Novas táticas, novas tarefas. Ousadia para a reinvenção!
Advogada
 
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