A partir de junho, 4 milhões de doses mensais da vacina contra a febre amarela devem entrar no mercado, informou nesta quinta-feira o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Fruto de parceria entre o Bio-Manguinhos (Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos) e a farmacêutica Libbs, a nova fábrica já começou a produção e a pasta aguarda aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para iniciar a comercialização.
"A fábrica já está produzindo a vacina e recebendo inspeções da Anvisa. Já fez algumas correções que foram solicitadas e, no final de março, está prevista a vistoria para liberação para iniciar a produção, a validação da planta dentro das normas de vigilância. Se isso acontecer, em junho estará comercializando as doses", explicou Barros.
Segundo o ministro, as novas doses vão se somar as 4 milhões já produzidas mensalmente por Bio-Manguinhos, laboratório da Fundação Oswaldo Cruz. "Vai dobrar a nossa capacidade", ressaltou. Questionado sobre o destino das vacinas, Barros explicou que parte será destinada ao estoque estratégico mantido pela Organização Mundial da Saúde, de 6 milhões de doses contra a doença.
"Exportamos 1 milhão de doses por ano. Eles podem fazer solicitações variadas, mas, em média, é 1 milhão. A produção estabelecida é para garantir o abastecimento. Se houver demanda menor, usamos a fábrica de Bio-Manguinhos para produzir outras vacinas. Ano passado, por exemplo, nenhuma vacina tríplice viral foi feita para que fizessem mais vacinas de febre amarela. Podemos alterar a fábrica para outras necessidades."