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Internacional

- Publicada em 24 de Janeiro de 2018 às 15:27

EUA acusa regime de Assad de usar armas químicas

Crianças são maioria entre os afetados por ataque com gás cloro

Crianças são maioria entre os afetados por ataque com gás cloro


/HASAN MOHAMED/AFP/JC
O governo dos Estados Unidos voltou a acusar a Síria de usar armas químicas para atacar sua própria população, levando Damasco a responder que a afirmação é uma "mentira". Na terça-feira, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, declarou que o governo sírio provavelmente usou gás cloro em um ataque feito no dia anterior contra o enclave rebelde de Ghouta Oriental, vizinho à capital.
O governo dos Estados Unidos voltou a acusar a Síria de usar armas químicas para atacar sua própria população, levando Damasco a responder que a afirmação é uma "mentira". Na terça-feira, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, declarou que o governo sírio provavelmente usou gás cloro em um ataque feito no dia anterior contra o enclave rebelde de Ghouta Oriental, vizinho à capital.
Agentes de saúde que trabalharam no resgate das vítimas disseram que o gás foi detectado no local. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, ONG com sede no Reino Unido, informou que 13 pessoas sofreram intoxicação no ataque, a maioria delas crianças.
"Os recentes ataques em Ghouta Oriental levantam sérias preocupações de que Bashar al-Assad (presidente da Síria) possa continuar usando armas químicas contra seu próprio povo", afirmou Tillerson durante uma conferência em Paris para debater o tema.
Não é a primeira vez que Assad sofre acusações por adotar este tipo de arma. Nos últimos dois anos, um inquérito da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas concluiu que o governo sírio usou sarin e cloro como armas.
Damasco, que nega as acusações, firmou, em 2013, um acordo intermediado pela Rússia no qual abriu mão de usar armas químicas. Já Moscou, que Tillerson denunciou como cúmplice da Síria no uso das armas químicas, pediu que o Conselho de Segurança da ONU investigue as acusações.
A denúncia dos EUA ocorre em um momento que cresce a tensão com o conflito na Síria devido a ações da Turquia contra a minoria curda. O governo do presidente Recep Tayyip Erdogan deixou de lado os norte-americanos, seus aliados, em favor de um alinhamento com a Rússia e com o regime de Assad - a quem se opõe, mas cuja consolidação territorial na guerra civil será beneficiada com o enfraquecimento das forças paramilitares curdas, essenciais para os norte-americanos na guerra ao Estado Islâmico.
Ontem, uma pessoa foi morta e 13 ficaram feridas por foguetes disparados a partir do Norte da Síria na cidade fronteiriça turca de Kilis. Foi o quinto dia da ofensiva da Turquia contra uma milícia curda no enclave de Afrin.
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