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Internacional

- Publicada em 16 de Janeiro de 2018 às 16:03

Mianmar e Bangladesh fazem acordo para repatriar rohingyas

O governo de Bangladesh anunciou ontem ter fechado um acordo com Mianmar para iniciar o processo de repatriação dos refugiados rohingya. De acordo com o comunicado feito pelas autoridades bengalesas, o retorno da minoria muçulmana para Mianmar deve começar na próxima semana, em um processo que vai durar dois anos.
O governo de Bangladesh anunciou ontem ter fechado um acordo com Mianmar para iniciar o processo de repatriação dos refugiados rohingya. De acordo com o comunicado feito pelas autoridades bengalesas, o retorno da minoria muçulmana para Mianmar deve começar na próxima semana, em um processo que vai durar dois anos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e ONGs de direitos humanos, porém, criticaram o acordo e querem garantias de que os rohingyas não voltarão a ser atacados quando retornarem. Mais de 650 mil rohingyas fugiram de Mianmar com destino ao vizinho Bangladesh desde agosto passado, quando o Exército birmanês começou uma operação em resposta a uma série de ataques contra postos policiais e militares feito por um grupo rohingya.
Mianmar, de maioria budista, não reconhece a minoria muçulmana. Estima-se que, ao todo, existam 1 milhão de refugiados rohingya vivendo em Bangladesh, incluindo também aqueles que fugiram nos anos 1990, em ondas anteriores de violência. Por isso, os dois países anunciaram em novembro um memorando que previa a repatriação dos rohingyas, estabelecendo uma comissão para debater o processo. Ontem, foram anunciados os primeiros passos desta negociação.
Segundo o acordo, Bangladesh deverá montar cinco campos de transição do seu lado da fronteira. De lá, os refugiados passarão para dois centros de recepção, já do lado birmanês. A repatriação deverá incluir todos os membros de uma mesma família e será válida também para órfãos e "crianças nascidas de incidentes não intencionais" - uma referência às denúncias de estupros cometidos pelos militares contra as mulheres rohingyas.
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