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Litoral

- Publicada em 07 de Janeiro de 2018 às 16:08

Cinco dicas para evitar afogamentos na praia

Recomendação é para que os veranistas busquem praias que tenham as equipes de guarda-vidas

Recomendação é para que os veranistas busquem praias que tenham as equipes de guarda-vidas


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC
"Se beber não dirija. Se beber não entre no mar." A orientação, que pega carona no alerta do trânsito, é repetida com ênfase pelo comandante da 1a Companhia de Guarda-Vida de Torres, o capitão Lúcio Junes Lemes da Silva, para prevenir uma das situações mais comuns no veraneio à beira-mar. E "se beber não entre no mar" faz parte das cinco dicas preparadas pelo comandante a pedido do Jornal do Comércio para levar às pessoas que estão na praia ou que pensam em ir. 
"Se beber não dirija. Se beber não entre no mar." A orientação, que pega carona no alerta do trânsito, é repetida com ênfase pelo comandante da 1a Companhia de Guarda-Vida de Torres, o capitão Lúcio Junes Lemes da Silva, para prevenir uma das situações mais comuns no veraneio à beira-mar. E "se beber não entre no mar" faz parte das cinco dicas preparadas pelo comandante a pedido do Jornal do Comércio para levar às pessoas que estão na praia ou que pensam em ir. 
Vídeo mostra as orientações do capitão para cada um dos alertas que buscam prevenir situações que podem levar a afogamentos. Os guarda-vidas estão a postos em suas guaritas, mas os veranistas que seguirem as explicações e as orientações dos vigilantes do mar certamente se defrontarão com menos riscos, aponta o capitão. A recomendação geral é para que as pessoas escolham praias que tenham o serviço dos guarda-vidas, nova denominação dos antigos salva-vidas.
Nos primeiros 20 dias de Operação Verão, nenhum afogamento com morte foi registrado no Litoral gaúcho. Mas na véspera no Ano-Novo, um caso na praia da Cal em Torres foi considerado o mais grave até agora e envolvia um veranista que havia ingerido bebida alcoólica e foi nadar. Resgatado do mar pelos guarda-vidas, ele ele teve de ser levado ao hospital devido ao nível de gravidade do afogamento. Vídeo do JC mostra os momentos tensos do salvamento.
De 15 de dezembro a 6 de janeiro, foram 164 salvamentos tanto em praias como águas de interior - Litoral Norte lidera com 131 casos. No mesmo período da edição anterior, foram 357 ocorrências (316 no Litoral Norte), queda de 54%. O capitão debita boa parte dessa redução ao trabalho incessante dos colegas para alertar os veranistas sobre comportamentos que os coloque em perigo. Foram mais de 36 mil atividades preventivas, que vão desde o uso do apito para avisar que os veranistas estão em área proibida ao banho a crianças perdidas.
> Confira cada uma das cinco dicas no vídeo:

De 1 a 5: como agir para não correr riscos na praia e no mar

Dica 1: Respeite as bandeiras posicionadas na água e nas guaritas dos guarda-vidas. 
Preta: risco de morte. Vermelha: perigo no mar. A bandeira preta na água demarca a área onde pode ter buracos, pedras ou corrente de retorno, que se torna uma armadilha para o banhista. A água que vem do mar, precisa voltar e forma um rico. Se a pessoa cair na corrente, deve nadar no sentido paralelo à praia ou transversal, deve chamar o guarda-vidas e esperar o resgate. 
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Segurança Adriano de Carvalho Flores (à esquerda) e a namorada Uliane Martins Velho se mantêm no limite da marcação da bandeira preta na Praia da Cal
Dica 2: Não entre no mar com objetos flutuantes.
Colchões e outros tipos de equipamentos causam a falsa sensação de segurança na água, mas facilmente uma onda pode separar o banhista do colchão de ar, colocando-o em uma situação de risco de afogamento. Correntes de retorno também sugam rapidamente o objeto para dentro do mar. Estes equipamentos não costumam ter corda para prender à mão do banhista, diferentemente de materiais como pranchas de surfistas. Evite entrar na água com estes flutuantes, pelo menos em dias de mar com alerta de risco.
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Elias Silva e os amigos, que são de Bento Gonçalves, deixam o mar após ouvir as orientações do guarda-vidas sobre os perigos de usar o colchão flutuante na água 
Dica 3: Não deixe as crianças sozinhas na praia e no mar.
Pais e responsáveis devem manter 100% do tempo de vigilância. O adulto deve manter uma distância de até um braço da criança, para se assegurar de que conseguirá agir rapidamente em caso de algum problema. É comum os guarda-vidas visualizarem crianças sozinhas na água e perdidas. Isto é considerada uma falha na vigilância. Férias são coletivas - dos adultos e das crianças, quando for entrar no mar leve a criança, se sair, saia com a criança junto.   
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Salva-vidas conversa com menino na água para saber onde estão os responsáveis
Dica 4: Não superestime a sua habilidade em nadar no mar.
O mar número de afogamentos ocorre com as pessoas que superestimam a sua capacidade ou habilidade para nadar ou para flutuar. Ao se deparar com muitas ondas ou correntes de retorno, elas não conseguem mais sair e se transformam em vítimas. O velho ditado se aplica nesta quarta dica: "Água no umbigo é sinal de perigo, principalmente no mar".  
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Mar da Praia da Cal é um dos mais perigosos, devido às correntes de retorno e à proximidade com as formações rochosas típicas do relevo de Torres 
Dica 5: Se beber, não entre no mar.
Pessoas que ingerem bebida alcoólica acabam sendo mais imprudentes e se arriscam mais. Problema é que, dentro mar e pela condição do uso do álcool, elas não terão mais a mesma resistência física para sair de uma corrente de retorno ou de um buraco. A mesma regra que vale para o trânsito (se beber, não dirija), vale para a água: se beber, não entre na água, fique na areia curtindo o momento.    
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Veranistas assistem ao salvamento de um homem que se afogou, após beber e entrar no mar na Praia da Cal, em Torres. Acesse mais detalhe e vídeo do JC
Fonte das dicas e orientações: capitão Lúcio Junes da Silva, comandante da 1a Companhia de Guarda-Vidas de Torres, e guarda-vidas que atuam na Praia da Cal.