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Petróleo

- Publicada em 31 de Janeiro de 2018 às 20:00

Privatização afetaria reformas na Petrobras

Parente defende a flutuação de preços para manter market share

Parente defende a flutuação de preços para manter market share


/JOSÉ CRUZ/ABR/JC
A abertura de uma discussão sobre a privatização da Petrobras teria sido um grande entrave à reestruturação da empresa, afirmou o presidente da petroleira, Pedro Parente, nesta quarta-feira, em evento em São Paulo. "O foco é fundamental, ainda bem que não se abriu essa agenda, porque tinha-se que cuidar da sobrevivência da empresa", disse, destacando que a população é contrária à desestatização da Petrobras.
A abertura de uma discussão sobre a privatização da Petrobras teria sido um grande entrave à reestruturação da empresa, afirmou o presidente da petroleira, Pedro Parente, nesta quarta-feira, em evento em São Paulo. "O foco é fundamental, ainda bem que não se abriu essa agenda, porque tinha-se que cuidar da sobrevivência da empresa", disse, destacando que a população é contrária à desestatização da Petrobras.
O executivo destacou a redução do endividamento da companhia e a necessidade de a estatal ampliar sua competitividade. "Perdemos fatia de mercado. A competição agora existe no País, para a empresa é algo novo", disse. Uma das medidas destacadas para dar competitividade é a nova política de preços da companhia, que passou a seguir os mercados internacionais.
"Era arrogância imaginar que a Petrobras poderia ser formadora de preços. O que estamos fazendo é reagir a flutuações. É por defender o legítimo interesse da empresa que temos que defender a flutuação, senão teremos perda ainda maior de market share."
Parente afirmou que a estatal pretende iniciar a operação de oito novas plataformas, das quais três são na área de cessão onerosa, nos campos de pré-sal da bacia de Santos.
Em relação ao acordo negociado com o governo federal sobre esses contratos de cessão onerosa, o presidente da Petrobras reafirmou sua perspectiva positiva em relação à comissão formada para debater o tema, que terá sua primeira reunião em fevereiro.
Parente também disse ser "factível" a realização do leilão dos excedentes na primeira semana de junho, "desde que se trabalhe com ritmo".
Os contratos da cessão onerosa, firmados em 2010, permitiram que a petroleira explorasse 5 bilhões de barris de petróleo em campos de pré-sal da bacia de Santos. Em troca, a União receberia parte da produção.
Durante a exploração, porém, descobriu-se que os volumes eram muito maiores que os 5 bilhões - o chamado excedente da cessão onerosa. Ainda não há consenso sobre o volume desse excedente, mas seria de ao menos outros 5 bilhões de barris, segundo Parente.

Demora na exploração do pré-sal prejudicou o País, diz ANP

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, afirmou que a produção de petróleo no pré-sal superou a do pós-sal pela primeira vez em dezembro.
Isso ocorreu a despeito da demora na exploração do pré-sal, que prejudicou a sociedade brasileira, na avaliação dele. A primeira rodada foi realizada em 2013, e a segunda e a terceira só ocorreram no ano passado.
Para o mês de junho, estão previstas a realização da quarta rodada e, "possivelmente", o leilão de áreas excedentes da cessão onerosa. Oddone disse que a produção brasileira pode atingir 5,5 milhões de barris por dia na próxima década, o que deve elevar a arrecadação de impostos em R$ 100 bilhões. "Esse é o caminho que devemos perseguir para que os recursos do pré-sal beneficiem a sociedade brasileira", disse o diretor-geral.