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Economia

- Publicada em 31 de Janeiro de 2018 às 13:09

RMPA perde vagas pelo terceiro ano consecutivo

Desemprego ficou em 11,2% em 2017, somando 205 mil desempregados que esperam vagas

Desemprego ficou em 11,2% em 2017, somando 205 mil desempregados que esperam vagas


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Bruna Oliveira
Pelo terceiro ano seguido, o mercado de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) voltou a apresentar desempenho negativo. Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMPA), a taxa de desemprego ficou em 11,2% em 2017, totalizando um contingente de 205 mil desempregados. Em 2016, o percentual havia sido de 10,7%. Mulheres, negros e trabalhadores entre 50 e 59 anos foram os mais atingidos pela queda na ocupação. O ano também representou queda no rendimento médio real do trabalho, que atingiu o menor poder de compra desde 1993, caindo para R$ 1,9 mil.
Pelo terceiro ano seguido, o mercado de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) voltou a apresentar desempenho negativo. Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMPA), a taxa de desemprego ficou em 11,2% em 2017, totalizando um contingente de 205 mil desempregados. Em 2016, o percentual havia sido de 10,7%. Mulheres, negros e trabalhadores entre 50 e 59 anos foram os mais atingidos pela queda na ocupação. O ano também representou queda no rendimento médio real do trabalho, que atingiu o menor poder de compra desde 1993, caindo para R$ 1,9 mil.
Quando se avalia apenas o contingente de ocupados, a retração já chega ao quarto ano consecutivo. No ano passado, foram 58 mil pessoas ocupadas a menos do que no fim de 2016, o que corresponde a uma queda de 3,4%. O setor de serviços foi o que mais puxou as perdas, com 73 mil trabalhadores a menos. Setores como indústria de transformação (mais 4 mil), construção (mais 2 mil) e comércio (mais 7 mil) apresentaram acréscimo em seus níveis ocupacionais, embora de maneira pouco expressiva.
A desigualdade de rendimento no período ficou menor, porém "não de uma maneira virtuosa", destaca Iracema Castelo Branco, economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE), uma das entidades responsáveis pela pesquisa. O movimento ocorreu por uma perda maior de vencimentos na parcela mais rica da população. Em comparação com o mesmo período do ano passado, por exemplo, a faixa que contempla os 10% mais ricos perdeu 12,1% de sua renda, enquanto os 10% mais pobres perderam 4,3%.
Já no mês de dezembro, a taxa de desemprego mostrou relativa estabilidade em relação a novembro, registrando leve alta de 12,6%, para os atuais 12,8% da População Economicamente Ativa. O número total de desempregados foi estimado em 239 mil pessoas no mês, um acréscimo de 5 mil em relação ao mês anterior. O comércio foi o único setor que cresceu no período ( 3,4%), enquanto a indústria de transformação (-2,9%), a construção (-1,6%) e os serviços (-0,1) registraram perdas no mês. "A demanda das festas de fim de ano foi o que colaborou para o desempenho positivo do comércio, com a criação de 11 mil ocupações no mês", avalia Iracema.
Os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego, feita por Dieese, Fgtas e FEE, divulgados nesta quarta-feira, podem ter sido um dos últimos realizados nestes moldes. A pesquisa tem destino incerto devido ao encerramento das atividades da FEE, que está em processo de extinção. Durante a apresentação dos dados, as pesquisadoras que representavam as entidades mantenedoras da PED mostraram preocupação com a descontinuidade da pesquisa, após 26 anos de atuação. A economista Virginia Donoso, do Dieese, afirmou que o departamento ficou "estupefato" com a possibilidade de fim da pesquisa. Iracema também reafirmou a importância da coleta dos dados, destacando que Porto Alegre é uma das quatro regiões metropolitanas do País que produzem a PED, junto com Distrito Federal, São Paulo e Salvador. 
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