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Indústria

- Publicada em 30 de Janeiro de 2018 às 18:02

Produção industrial deve crescer nos próximos meses, aponta Fiergs

Expectativa relativa a pedidos é a maior desde 2013, indica a Fiergs

Expectativa relativa a pedidos é a maior desde 2013, indica a Fiergs


/DENIS CHARLET/AFP/JC
A Sondagem Industrial referente ao último trimestre de 2017, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), aponta uma melhora na avaliação sobre a situação financeira das empresas. Mesmo que os índices ainda se encontrem no plano negativo (abaixo de 50 pontos), indicando insatisfação com a margem de lucro operacional (42,4), com a situação financeira (47) e dificuldades de acesso ao crédito (39,4), eles foram os mais altos desde o início de 2014.
A Sondagem Industrial referente ao último trimestre de 2017, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), aponta uma melhora na avaliação sobre a situação financeira das empresas. Mesmo que os índices ainda se encontrem no plano negativo (abaixo de 50 pontos), indicando insatisfação com a margem de lucro operacional (42,4), com a situação financeira (47) e dificuldades de acesso ao crédito (39,4), eles foram os mais altos desde o início de 2014.
"A demanda interna insuficiente, bem como a elevada carga tributária estiveram entre as principais dificuldades enfrentadas pelo industrial gaúcho no último trimestre do ano passado. Mas o baixo nível dos estoques e a expectativa de reação de maior demanda são indicativos de que a produção deve aumentar nos próximos meses", diz o presidente da Fiergs, Gilberto Petry. Em relação aos principais problemas citados por Petry, a demanda interna insuficiente recebeu 41,6% das respostas na Sondagem Industrial, enquanto a elevada carga tributária foi apontada por 40,6%. Na sequência, vieram a competição desleal (informalidade, contrabando, dumping etc.), com 21,5% das respostas, e a falta de capital de giro (19,2%).
Em dezembro de 2017, na comparação com novembro, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu para 63%, 4 p.p. abaixo da média, mas a maior para o mês nos últimos quatro anos. A ociosidade acima do normal foi reforçada pelo índice de UCI usual, que ficou abaixo de 50, em 41,8 pontos, sendo este o maior valor para o mês desde 2013. Já em relação aos estoques planejados pelas empresas, eles se revelaram abaixo do planejado, recuando para o menor valor desde janeiro de 2010: 48,5 pontos.
Os índices de produção e de número de empregados foram de 39,6 e de 47,3 pontos no último mês do ano passado, respectivamente. Abaixo dos 50, ambos mostraram recuos em comparação a novembro, reproduzindo o comportamento típico do período, marcado pelo fim das encomendas para o Natal.
Lentamente, o otimismo volta a se disseminar entre os empresários industriais do Rio Grande do Sul. A pesquisa de janeiro de 2018 revela que, para os próximos seis meses, o setor projeta crescimento. A expectativa de demanda registrou 59,6 pontos - a maior desde abril de 2013 -, e o índice de número de empregados, 55,5. As compras de matérias-primas, 58,2 pontos; e a quantidade exportada, 54,5, também foram positivas. A intenção de investimentos continua crescendo, com o sexto aumento seguido. O número de janeiro de 2018 foi o maior desde maio de 2014: 56,7 pontos.
 

Produtos na saída das fábricas fecham 2017 com alta de 4,18% nos preços

O Índice de Preços ao Produtor, que calcula a variação de preços de produtos no momento em que eles saem das fábricas, fechou 2017 com inflação de 4,18%. Em 2016, o indicador havia ficado em 1,71%, segundo o IBGE.
A principal responsável pela inflação dos produtos industrializados em 2017 foi a atividade de refino de petróleo e produtos de álcool, cujos produtos tiveram alta de preços de 18,69%. Outras atividades que tiveram impacto relevante na inflação do ano passado foram a metalurgia (13,41%) e outros produtos químicos (9,19%).
Dezenove das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram inflação em seus produtos. Apenas cinco registraram deflação (queda de preços), entre elas a indústria alimentícia, que foi a que mais colaborou para frear a inflação, com queda de preços de 7,29%.
Entre as quatro grandes categorias econômicas, a maior inflação ficou com os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados para o setor produtivo, com taxa de 6,53%. Os bens de capital, ou seja, as máquinas e equipamentos, tiveram alta de 4,26%.
Entre os bens de consumo, isto é, aqueles voltados para o consumidor final, os duráveis tiveram inflação de 4,34%, enquanto os semi e não duráveis registraram deflação de 0,63%.
Ao analisar apenas o mês de dezembro de 2017, a inflação chegou a 0,46%, inferior ao 1,4% do mês anterior e ao 1,29% de dezembro de 2016. As altas de preços mais significativas foram observadas na indústria extrativa (4,59%) e no refino de petróleo e produtos de álcool (0,82%). Com queda de preços de 4,44%, os itens de vestuário ajudaram a segurar a inflação no mês.