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Indústria

- Publicada em 29 de Janeiro de 2018 às 19:19

Produção industrial cresceu 2,5% em 2017

Fabricação de veículos automotores registrou crescimento de 25,2%

Fabricação de veículos automotores registrou crescimento de 25,2%


/CNI/VOLKSWAGEN/DIVULGAÇÃO/JC
A produção industrial brasileira voltou a registrar crescimento no último mês do ano passado, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Produção Industrial prevê um avanço de 0,2% em dezembro de 2017 ante novembro do mesmo ano. Como resultado, o setor industrial acumulou uma expansão de 2,5% no ano passado.
A produção industrial brasileira voltou a registrar crescimento no último mês do ano passado, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Produção Industrial prevê um avanço de 0,2% em dezembro de 2017 ante novembro do mesmo ano. Como resultado, o setor industrial acumulou uma expansão de 2,5% no ano passado.
O indicador é calculado como uma prévia da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado oficial será divulgado pelo IBGE na próxima quinta-feira.
Na passagem de novembro para dezembro, os destaques positivos foram a importação de bens intermediários, com alta de 1,7%, e a produção de veículos automotores, com avanço de 4,5% no mês e encerrando o ano com expansão de 25,2%.
Em dezembro, a produção aumentou 3,8% em relação a dezembro de 2016, o que representaria a quarta alta consecutiva nesse tipo de comparação. O bom desempenho foi disseminado entre os componentes do indicador, com exceção da queda de 8,8% no indicador de estoques, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo o Ipea, o cenário para a produção industrial brasileira permanece de recuperação gradual e constante. "Percebemos uma trajetória regular ao longo de 2017. O crescimento da produção, que é uma consequência da melhora das vendas internas e das exportações, tem aumentado significativamente o emprego industrial. É um setor que já está empregando mais e à frente de outros setores, como comércio e serviços, no que diz respeito à recuperação da crise", avaliou o autor do estudo, Leonardo Mello de Carvalho, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, em nota oficial.
Apesar da melhora na produção industrial ao longo de 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor ficou estável (0%) no fechamento do ano, segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A expectativa para o desempenho em 2018, porém, é de um avanço de 3,7% no PIB da indústria.
No cálculo do PIB industrial estão inclusos mais componentes do que no indicador de produção. Além das indústrias extrativas e de transformação, integram o PIB do setor também a construção civil e o segmento de distribuição de gás, eletricidade e água. "Essa recessão especificamente jogou muito para baixo a demanda doméstica, por uma série de fatores, como a alavancagem muito alta das famílias e o desemprego muito forte", justificou Carvalho.

Confiança e utilização da capacidade instalada ficam estáveis em janeiro, afirma FGV

O Índice de Confiança da Indústria medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) encerrou janeiro em 99,4 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, mesmo resultado aferido em dezembro. No trimestre, o índice avançou 1,2 ponto, atingindo 98,8 pontos.
Também registrou estabilidade o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (74,7%), que se manteve o maior desde dezembro de 2015. No trimestre, o índice avançou 0,1 ponto percentual, passando para 74,7%.
O desempenho do Índice da Situação Atual é o maior desde setembro de 2013 - subiu 2,4 pontos, atingindo 100,9 pontos. Contribuiu para esse resultado a melhora na percepção sobre os estoques em janeiro. A parcela de empresas que avaliam o nível de estoques como insuficiente caiu de 5,6% para 5,4%, mas a parcela das que o consideram excessivo caiu em maior proporção, de 9,1% para 8%.
O Índice de Expectativas caiu 2,4 pontos, totalizando 98 pontos, mesmo nível de novembro passado. A principal contribuição para a queda do índice foi a expectativa sobre a evolução de pessoal ocupado nos três meses seguintes. Houve queda da proporção de empresas prevendo aumento no volume de pessoal, de 19% para 17,8%, e diminuição da proporção das que esperam redução, de 12,5% para 12,3%.