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Consumo

- Publicada em 29 de Janeiro de 2018 às 19:19

Ano começa com maior otimismo das classes D e E

A confiança do consumidor das classes D e E cresceu em janeiro deste ano, a partir do Índice Nacional de Confiança (INC). O indicador passou de 71 pontos, em dezembro, para 78 pontos neste mês, beneficiado pela "menor inflação em quase 20 anos registrada no ano passado", afirma a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
A confiança do consumidor das classes D e E cresceu em janeiro deste ano, a partir do Índice Nacional de Confiança (INC). O indicador passou de 71 pontos, em dezembro, para 78 pontos neste mês, beneficiado pela "menor inflação em quase 20 anos registrada no ano passado", afirma a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
O INC mede a confiança dos consumidores em uma escala de 0 a 200, em que a marca de 100 pontos delimita a fronteira entre otimismo e pessimismo. O grupo das classes D e E foi o único que registrou variação positiva.
No País como um todo, a variação do indicador ficou dentro da margem de erro de três pontos, passando de 74 pontos, em dezembro, para 77 pontos em janeiro. Na classe C, o INC passou de 76 para 78 pontos na mesma base de comparação, enquanto, nas classes A e B, "grupo mais cauteloso e único abaixo da média nacional", o indicador passou de 67 pontos para 70 pontos em janeiro, revela a ACSP.
"A queda consecutiva dos preços dos alimentos no ano passado melhorou o poder de compra do consumidor brasileiro e permitiu ganhos reais de salários pelas correções baseadas nas taxas anteriores. Para a população de menor renda, o impacto foi maior, visto que ela é mais sensível à oscilação dos preços destes produtos, que pesam mais em seu orçamento doméstico", diz o economista da ACSP, Emílio Alfieri, para quem a melhora gradual do emprego também sustenta a alta da confiança.
Para 2018, Alfieri avalia que a safra agrícola menor e os primeiros dados sobre o comportamento dos preços neste ano podem pesar sobre a trajetória de melhora da confiança do consumidor.
Por outro lado, o INC de janeiro aponta uma melhora da percepção do brasileiro em relação ao emprego, afirma a ACSP. "Nos últimos três meses, caiu a insegurança no emprego. Em novembro de 2017, 65% dos entrevistados estavam inseguros; em dezembro, eram 62%; e, em janeiro de 2018, eram 58%", ressalta a associação. Já a média de pessoas conhecidas dos entrevistados que estavam desempregadas era de 5,11 em dezembro e teve leve melhora em janeiro, passando para 5,09.
No País, a Região Sudeste apresenta o maior patamar de confiança no INC, com 83 pontos em janeiro e alta de 9 pontos antes o mês anterior. "Como é a mais urbanizada do País, a região tem se beneficiado da retomada da indústria e do emprego", explica Alfieri. No Nordeste, o indicador passou de 67 pontos, no mês passado, para 73 pontos em janeiro; no Sul, houve queda, de 93 pontos para 80 pontos; no Centro-Oeste, o indicador ficou estável, em 65 pontos.

Confiança do consumidor sobe 2,4% em janeiro

A confiança do consumidor avançou 2,4% em janeiro ante dezembro. É o que aponta o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em dezembro, o índice já havia registrado um recuo de 0,5% ante novembro.
Com o movimento de janeiro, o índice chegou a 102,9 pontos, ficando 0,9% abaixo do apurado em janeiro de 2017. O indicador está ainda 4,7% abaixo da média histórica para o índice, que é de 108 pontos. Na avaliação do economista da CNI Marcelo Azevedo, o resultado indica que, "apesar da melhora das expectativas, a confiança do consumidor continua baixa, o que limita uma recuperação mais forte do consumo". O Inec reflete as expectativas dos entrevistados em relação à inflação, ao desemprego, à renda pessoal, às compras de bens de maior valor, ao endividamento e à situação financeira. No geral, os consumidores estão mais otimistas, na margem, em relação a cinco desses itens e mais pessimistas em relação a um deles (compras de bens de maior valor).
No caso da inflação, o índice subiu 4% ante dezembro e recuou 2,0% em relação a janeiro de 2017. Já a expectativa quanto ao desemprego subiu 6,0% e 3,4%, respectivamente. O indicador relacionado à renda pessoal teve alta de 5,3% em janeiro ante dezembro e queda de 5,0% ante janeiro de 2016.
Para a expectativa quanto ao endividamento, o indicador subiu 1,2% na margem e recuou 4,0% em relação a janeiro do ano passado. No caso da situação financeira, a expectativa subiu 1,9% em janeiro ante dezembro e cedeu 3% ante janeiro de 2016. Por fim, o componente do Inec relacionado às compras de bens de maior valor cedeu 0,7% em janeiro ante dezembro, mas teve alta de 3,3% em relação a janeiro do ano passado.