O mercado futuro de câmbio reabriu na manhã desta sexta-feira (26) após o feriado da véspera em São Paulo, com o dólar para fevereiro em queda, em linha com a desvalorização registrada no exterior. Também o dólar à vista segue em baixa, após ter sido negociado no balcão de bancos e corretoras nesta quinta-feira (25) em outras praças do País.
Os agentes de câmbio precificam o dólar fraco no exterior nesta manhã, possíveis ingressos de fluxo financeiro na esteira de novas captações externas da Petrobras (US$ 2 bilhões) e Natura (US$ 750 milhões) e também apostas de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está fora da disputa presidencial deste ano, disse um operador de corretora de câmbio. A defesa do petista, condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês,
deve entregar nesta sexta (26) o passaporte dele à Polícia Federal.
Lá fora, o dólar se enfraquece ante outras moedas principais nesta manhã, revertendo ganhos que exibiu na quinta-feira (25) após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter dito em Davos que a moeda americana "vai ficar cada vez mais forte".
Antes disso, na quarta-feira (24) o Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, havia dito que um "dólar mais fraco é bom para o comércio", pressionando a divisa. Segundo avaliação do banco RBC, "a inconsistência dos comentários de Trump e Mnuchin provavelmente deixará os mercados com a visão de que não há política para o dólar e novamente acompanhando indicadores em busca de direção."
Às 9h30min desta sexta (26), o dólar à vista caía 0,24%, aos R$ 3,1319. O dólar futuro de fevereiro recuava 0,52%, aos R$ 3,1340. Em Nova Iorque, o dólar caía a 109,05 ienes, de 109,25 ienes no fim da tarde de quinta-feira, enquanto o euro avançava a US$ 1,2460, de US$ 1,2410 na véspera.
Na quinta, com o fechamento dos mercados futuros por causa do feriado em São Paulo, o dólar à vista negociado em outras praças do País fechou em baixa de 1,08%, aos R$ 3,1390.