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Economia

- Publicada em 24 de Janeiro de 2018 às 23:54

Condenação de Lula faz bolsa subir 3,72%

Índice dos papéis mais negociados bateu a maior pontuação nominal

Índice dos papéis mais negociados bateu a maior pontuação nominal


NELSON ALMEIDA/NELSON ALMEIDA/AFP/JC
O mercado financeiro reagiu com euforia à confirmação da condenação unânime do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, levando a bolsa brasileira a fechar acima dos 83 mil pontos pela primeira vez na história. O dólar também reagiu e recuou para R$ 3,16, influenciado, ainda, por declarações do secretário do Tesouro norte-americano.
O mercado financeiro reagiu com euforia à confirmação da condenação unânime do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, levando a bolsa brasileira a fechar acima dos 83 mil pontos pela primeira vez na história. O dólar também reagiu e recuou para R$ 3,16, influenciado, ainda, por declarações do secretário do Tesouro norte-americano.
O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, teve alta de 3,72%, para 83.680 pontos, em novo recorde nominal. Foi a maior alta diária em um ano, desde 3 de janeiro de 2017. Corrigida pela inflação, a bolsa ainda está bem distante dos 73.516 pontos de maio de 2008, que, hoje, equivaleriam a cerca de 130 mil pontos.
No mercado cambial, o dólar à vista terminou em baixa de 1,93%, a R$ 3,1734. É o menor valor de fechamento desde 18 de outubro de 2017, quando ficou em R$ 3,1679. O giro foi de US$ 1,349 bilhão. No mercado futuro, o dólar para fevereiro encerrou em queda de 2,81%, a R$ 3,1500.
O placar de 3 a 0 já vinha sendo precificado no mercado financeiro desde o início do ano, aliado a uma conjuntura internacional que favorece os investimentos em risco. No ano, o Ibovespa acumula alta de quase 9%.
Já são 20 recordes nominais da bolsa brasileira desde setembro do ano passado - 11 deles só neste mês. "Vimos uma pressão compradora durante a sessão inteira, com o dólar recuando de forma mais intensa após os votos. O mercado viu com bons olhos a forma como foi conduzido o julgamento", afirma Alexandre Wolwacz, sócio-fundador do Grupo L&S.
A razão para o otimismo do mercado com a notícia, diz Wolwacz, está na possibilidade de o ex-presidente ficar de fora da disputa eleitoral de 2018. "Os investidores não querem que o Lula volte como presidente. Eles não acham que um governo de esquerda terá um efeito positivo para a situação fiscal do País", diz. "Não existe como o Brasil se sustentar economicamente sem uma modificação do sistema de gastos atual. Essa é a preocupação principal." Para ele, a bolsa pode começar, nos próximos dias, um movimento de realização de lucros. A avaliação é o que o preço de muitos ativos está esticado.
A euforia no mercado fez 60 das 64 ações do Ibovespa fecharem em alta nesta quarta-feira. Somente quatro caíram: Fibria (-3,43%), Suzano (-0,95%), Cielo (-0,92%) e Ambev (-0,05%).
Mas o grande destaque da sessão foram as ações de estatais, que dispararam com a confirmação da condenação de Lula. A maior alta do Ibovespa foi registrada pelas ações preferenciais da Eletrobras, que subiram 9,69%. As ordinárias avançaram 7,83%.
A Petrobras também teve forte valorização. Os papéis preferenciais subiram 5,74%, para R$ 19,34, enquanto os ordinários avançaram 6,40%, para R$ 20,63. O Banco do Brasil disparou 7,93%, para R$ 37,99.
A notícia animou outras ações do setor financeiro. O Itaú Unibanco subiu 4,81%. As ações preferenciais do Bradesco avançaram 5,43%, e as ordinárias tiveram alta de 6,38%. As units - conjunto de ações do Santander Brasil - ganharam 4,71%.
A mineradora Vale também se beneficiou com esse cenário positivo na bolsa. As ações ordinárias da empresa subiram 2,23%, para R$ 41,78.
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