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Conjuntura Internacional

- Publicada em 22 de Janeiro de 2018 às 19:17

FMI eleva estimativa de crescimento do Brasil

Christine Lagarde acredita que aceleração econômica deve prosseguir

Christine Lagarde acredita que aceleração econômica deve prosseguir


/Fabrice COFFRINI / AFP/JC
O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou as projeções de crescimento do Brasil entre 2017 e 2019, como destaca a atualização periódica do documento Perspectiva Econômica Mundial em janeiro, divulgado nesta segunda-feira. Segundo o FMI, o Produto Interno Bruto (PIB) do País deve ter subido 1,1% no ano passado, 0,4 ponto percentual acima do 0,7% informado pelo relatório em outubro. Para este ano, a projeção também avançou 0,4 ponto percentual e aumentou de 1,5% para 1,9%. Em relação a 2019, a variação foi menor e passou de 2,0% para 2,1%.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou as projeções de crescimento do Brasil entre 2017 e 2019, como destaca a atualização periódica do documento Perspectiva Econômica Mundial em janeiro, divulgado nesta segunda-feira. Segundo o FMI, o Produto Interno Bruto (PIB) do País deve ter subido 1,1% no ano passado, 0,4 ponto percentual acima do 0,7% informado pelo relatório em outubro. Para este ano, a projeção também avançou 0,4 ponto percentual e aumentou de 1,5% para 1,9%. Em relação a 2019, a variação foi menor e passou de 2,0% para 2,1%.
Num contexto de retomada do nível de atividade e da demanda agregada, após o Brasil ter passado por uma das piores recessões de todos os tempos, o fundo estima que o PIB atingiu uma alta de 2,5% no quarto trimestre de 2017 em relação aos mesmos três meses de 2016, em termos anualizados. Na mesma base de comparação, prevê que o crescimento deverá atingir 2,2% no último trimestre de 2018 e 2,0% entre outubro e dezembro de 2019.
O fundo aponta que a "recuperação econômica mais firme" do Brasil colabora para fortalecer o desempenho da América Latina, especialmente para 2019. Segundo o organismo, a região deve crescer 1,9% neste ano, como projetado em outubro, e registrar uma expansão de 2,6% no próximo ano, acima dos 2,4% estimados anteriormente pela instituição multilateral.
Esta perspectiva mais favorável para a América Latina está relacionada com "demanda mais forte dos EUA", o que favorece diretamente o México, preços mais favoráveis de commodities e condições financeiras positivas para alguns países da região exportadores destes produtos com cotações internacionais.
Por outro lado, o FMI ressalta que Brasil, Colômbia, México e Itália estão sujeitos a "incertezas políticas" com eleições de novos governos no curto prazo e que podem impor "riscos à adoção de reformas."
A continuidade da recuperação mundial e a adoção de uma reforma tributária nos EUA, que deve estimular investimentos de empresas no país, foram os dois principais fatores que levaram o FMI a aumentar as projeções para o crescimento global em 2018 e 2019 realizadas em outubro pelo relatório Perspectiva Econômica Mundial.
Na atualização, divulgada nesta segunda, o FMI passou a estimar que a expansão global neste ano passou de 3,7% para 3,9% e também subiu de 3,7% para 3,9% em 2019. Em relação a 2017, a manutenção da força do nível de atividade global fez com que o fundo elevasse a previsão de alta do crescimento do planeta de 3,6% para 3,7%.
"Cerca de 120 países, que respondem por três quartos do PIB mundial, registraram uma elevação do crescimento em termos anuais em 2017, a mais ampla expansão global sincronizada desde 2010", aponta o FMI. No ano passado, um destaque foi a expansão pouco acima da esperada de Europa e Ásia, e o bom desempenho registrado por economias avançadas, entre elas os EUA, e países emergentes.
Segundo o Fundo Monetário Internacional, a força da retomada da economia mundial deve continuar em 2018 e 2019, sobretudo com perspectivas mais favoráveis para as economias avançadas. As previsões de expansão para os países desenvolvidos subiram de 2,0% para 2,3% para este ano, e de 1,8% para 2,2% em 2019. "Estas previsões refletem as expectativas de que as condições financeiras globais favoráveis e o forte sentimento (de consumidores e empresas) ajudarão a manter a recente aceleração na demanda, especialmente em investimentos com um notável impacto no crescimento de economias que são grandes exportadoras."
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou, em seu discurso de abertura no Fórum Econômico Mundial, que o crescimento global, que tem se acelerado desde meados de 2016, deve ganhar ainda mais força neste ano e nos seguintes. "Todos os sinais apontam para um reforço ainda maior em 2018 e adiante", disse.
Para Lagarde, "há, também, incerteza significativa no próximo ano". Ela lembra que o longo período de baixas taxas de juros levou a um acúmulo de vulnerabilidades no setor financeiro que podem ser "potencialmente sérias". A diretora do FMI disse, ainda, que "estamos vendo um aumento preocupante da dívida em muitos países e precisamos permanecer vigilantes".
 

Desemprego global deve seguir estável em 2018, podendo cair no Brasil, diz OIT

Número de desempregados pode aumentar em 1,3 milhão de pessoas

Número de desempregados pode aumentar em 1,3 milhão de pessoas


AFP PHOTO/AFP PHOTO/STR/JC
A taxa de desemprego global deve ficar em 5,5% neste ano, mostrando estabilidade em relação a 2017, quando o percentual ficou em 5,6%, divulgou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta segunda-feira. Apesar da estabilidade da taxa, o número de desempregados deve crescer em 1,3 milhão, compensado pelo aumento do total de pessoas na força de trabalho.
A organização também projeta que o número de empregos vulneráveis (categoria que engloba trabalhadores por conta própria e aqueles que auxiliam a família) deve crescer nos próximos anos em todo o mundo. "Globalmente, o progresso significativo conquistado no passado em reduzir o emprego vulnerável estagnou em 2012", avalia a OIT. Atualmente, cerca de 42% dos trabalhadores (ou 1,4 bilhão) estão ocupados em algum tipo de relação de emprego vulnerável em todo o mundo.
Nos países em desenvolvimento e emergentes, esse percentual sobe para 76% e 46%, respectivamente. Esse número tende a piorar nos próximos anos, com a estimativa de aumento de 17 milhões ao ano de trabalhadores nessas condições em 2018 e 2019.
Por outro lado, a taxa de desemprego nos países desenvolvidos deve seguir em queda, caindo para 5,5% em 2018 - o menor percentual desde 2007, véspera da crise global de 2008. A melhora, contudo, esconde um aumento da chamada subutilização da força de trabalho - contratos de jornada parcial que empregam pessoas que gostariam de trabalhar em tempo integral, por exemplo.
A desaceleração do crescimento da força de trabalho acende um sinal de alerta nos sistemas previdenciários, uma vez que o crescente número de aposentados tende a colocar pressão sobre a população economicamente ativa.
A OIT estima que em 2030 existirão quase 5 pessoas com 65 anos de idade ou mais para cada grupo de 10 pessoas ativas na força de trabalho.

Trump afirma que 'democratas retomaram a razão'

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, na tarde de ontem, estar satisfeito por os congressistas democratas terem "retomado a razão" e abandonado o bloqueio ao projeto de financiamento do governo norte-americano, que culminou na paralisação da administração no fim de semana. Trump disse que seu governo fará um acordo de imigração de longo prazo "se for bom para o país".
Trump emitiu uma declaração na tarde de ontem, depois de cerca de 25 senadores republicanos e democratas terem ajudado a negociar o fim da paralisação do governo.
O presidente disse que estava feliz por o governo voltar a ser financiado. "Uma vez que o governo volte a operar, minha administração trabalhará para resolver o problema da imigração ilegal, muito injusta."