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Economia

- Publicada em 18 de Janeiro de 2018 às 19:42

Brasil capta US$ 1,5 bilhão em títulos da dívida no exterior

Recursos obtidos com a emissão externa serão incorporados às reservas internacionais do governo federal

Recursos obtidos com a emissão externa serão incorporados às reservas internacionais do governo federal


/MOHD RASFAN/AFP/JC
Uma semana depois do rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela S&P Global Ratings, o governo brasileiro emitiu US$ 1,5 bilhão em bônus externos com a reabertura do Global 2047, papel com prazo de vencimento de 30 anos e cupom de 5,625%. Apesar do recente downgrade, a taxa de retorno ao investidor (yield) da emissão ficou em 5,600%, abaixo do yield pago no lançamento do título, em 2016, quando ficou em 5,875%. Naquela ocasião, o Tesouro Nacional também captou US$ 1,5 bilhão.
Uma semana depois do rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela S&P Global Ratings, o governo brasileiro emitiu US$ 1,5 bilhão em bônus externos com a reabertura do Global 2047, papel com prazo de vencimento de 30 anos e cupom de 5,625%. Apesar do recente downgrade, a taxa de retorno ao investidor (yield) da emissão ficou em 5,600%, abaixo do yield pago no lançamento do título, em 2016, quando ficou em 5,875%. Naquela ocasião, o Tesouro Nacional também captou US$ 1,5 bilhão.
A taxa obtida na emissão de hoje é a menor para títulos em dólares de 30 anos desde julho de 2014, quando o Tesouro tinha conseguido captar US$ 3,55 bilhões pagando 5,131% ao ano de juros.
O spread da operação também ficou mais baixo, sinal de uma percepção de risco menor dos investidores. Na emissão desta quinta-feira, o spread ficou em 271 pontos-base acima da treasury (título do Tesouro norte-americano), enquanto, no lançamento, havia ficado em 357,2 pontos-base.
A emissão foi liderada pelos bancos Citibank, HSBC e Morgan Stanley, e foi colocada ao preço de 100,352% do seu valor de face. A liquidação financeira da operação ocorrerá em 23 de janeiro de 2018, e os cupons serão pagos nos dias 21 de fevereiro e 21 de agosto de cada ano. O vencimento do papel será em 21 de fevereiro de 2047.
Por meio do lançamento de títulos da dívida externa, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais com o compromisso de devolver os recursos com juros. Isso significa que o Brasil devolverá o dinheiro daqui a 29 anos com a correção dos juros acordada, de 5,6% ao ano.
Taxas mais altas de juros indicam maior grau de desconfiança dos investidores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida. Com os sucessivos rebaixamentos sofridos pelo País, que perdeu o grau de investimento (selo de bom pagador), os estrangeiros passaram a cobrar juros mais elevados para comprar os papéis brasileiros.
A taxa do título brasileiro foi 271 pontos-base maior que a dos títulos do Tesouro norte-americano, de 30 anos. Isso significa que o Tesouro pagará 2,71 pontos percentuais de juros acima dos papéis dos Estados Unidos. Na emissão de dois anos atrás, a diferença estava maior, 357,2 pontos.
Os títulos norte-americanos são considerados os papéis mais seguros do mundo. Quanto maior o spread (diferença entre as taxas brasileiras e norte-americanas), maior a desconfiança dos investidores internacionais. Segundo o Tesouro, a demanda superou a oferta, mas o órgão não informou o número.
Os recursos captados no exterior serão incorporados às reservas internacionais do País em 23 de janeiro. De acordo com o Tesouro Nacional, as emissões de títulos no exterior não têm como objetivo principal reforçar as divisas do País, mas fornecer um referencial para empresas brasileiras que pretendem captar recursos no mercado financeiro internacional.
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