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Economia

- Publicada em 17 de Janeiro de 2018 às 20:36

Davos questiona alta das ações nas bolsas mundiais

Num momento em que mercados acionários de várias partes do mundo - inclusive no Brasil - registraram recordes de alta, o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, questionou ontem, em seu Relatório sobre Riscos Globais 2018, se a elevação dos preços dos ativos é sustentável. O documento lembra que, nos últimos oito anos, vem prevalecendo a tendência de alta nos pregões e teme que este possa ser outro episódio de "exuberância irracional", numa sinalização de que as lições da crise financeira internacional de 2008 podem não ter sido totalmente absorvidas e que o ambiente possa se tornar propício a uma "correção profunda".
Num momento em que mercados acionários de várias partes do mundo - inclusive no Brasil - registraram recordes de alta, o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, questionou ontem, em seu Relatório sobre Riscos Globais 2018, se a elevação dos preços dos ativos é sustentável. O documento lembra que, nos últimos oito anos, vem prevalecendo a tendência de alta nos pregões e teme que este possa ser outro episódio de "exuberância irracional", numa sinalização de que as lições da crise financeira internacional de 2008 podem não ter sido totalmente absorvidas e que o ambiente possa se tornar propício a uma "correção profunda".
O relatório cita que o Dow Jones teve alta de 25% no ano passado; o S&P 500 subiu 19%; a Bolsa de Hong Kong avançou 35%; a japonesa, 19%; a alemã, 11%; e a francesa, 8%. O Brasil não foi citado, mas registrou ganhos de 27% em 2017. No caso das bolsas norte-americanas, o fórum salienta que em apenas dois momentos as ações subiram mais do que agora, justamente antes de períodos de crise, em 1929 e 2000.
As avaliações em relação a títulos de dívida são ainda mais "dramáticas". Em meados de 2017, cerca de US$ 9 trilhões desses papéis registraram rendimento negativo, e essa anomalia reflete o impacto dos enormes programas de compra de ativos lançados pelos bancos centrais na sequência da crise. O movimento, analisa o fórum, parece se divorciar da tendência dos preços dos ativos.
No caso de haver uma correção acentuada de mercado, conforme o documento, o impacto sobre a economia real seria indiscutivelmente maior em países mais expostos a setores e mercados nos quais as bolhas se formaram. Como exemplo, citou um país economicamente dependente das exportações de uma commodity, cujo valor pode desabar.
O documento menciona ainda que não são apenas os preços de ações e títulos que aumentaram recentemente e dá como exemplo o segmento imobiliário. "A inflação em todas essas classes de ativos tradicionais foi reduzida por ativos mais especulativos, como a moeda criptografada bitcoin, que viu seu valor aumentar cerca de 1.200% em 2017", ilustrou.
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