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Comércio Exterior

- Publicada em 16 de Janeiro de 2018 às 18:35

Balança do agronegócio aumentou 13% em 2017

Blairo Maggi voltou a criticar taxação de produtos da agropecuária

Blairo Maggi voltou a criticar taxação de produtos da agropecuária


/JOSÉ CRUZ/ABR/JC
O saldo comercial do agronegócio brasileiro atingiu US$ 81,86 bilhões em 2017, alta de 13% sobre o total de 2016, de US$ 71,31 bilhões, segundo informações divulgadas ontem pelo Ministério da Agricultura. O superávit comercial do ano passado mostra uma recuperação após três anos de queda e é o segundo maior da história, perdendo apenas para o total de US$ 82,91 bilhões de 2013.
O saldo comercial do agronegócio brasileiro atingiu US$ 81,86 bilhões em 2017, alta de 13% sobre o total de 2016, de US$ 71,31 bilhões, segundo informações divulgadas ontem pelo Ministério da Agricultura. O superávit comercial do ano passado mostra uma recuperação após três anos de queda e é o segundo maior da história, perdendo apenas para o total de US$ 82,91 bilhões de 2013.
As exportações do setor também avançaram 13% entre 2016 e 2017, para US$ 96,1 bilhões ou 44,1% das vendas externas do País. É o terceiro melhor desempenho da história nas vendas externas do agronegócio, atrás de 2013 (US$ 99,97 bilhões) e 2014 (US$ 96,75 bilhões). As compras do setor ficaram em US$ 14,15 bilhões. O complexo soja, com exportações de US$ 31,72 bilhões e contribuição de US$ 6,3 bilhões para o saldo comercial do agronegócio, liderou o comércio externo entre as cadeias do setor.
Durante a apresentação dos números, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, considerou que o "saldo comercial forte demonstra importância do setor", mas salientou que, mesmo com a safra recorde do País no ano passado, o saldo comercial e as exportações não são as maiores da história.
"Isso mostra claramente que os preços das commodities têm caído nos últimos anos e produtor tem se mantido pela produtividade. O agronegócio está bem, aumenta produção, a produtividade, mas não aumenta a renda do produtor e isso é um sinal amarelo para um país que tem nesse setor seu grande sustentáculo em momentos de crise", afirmou o ministro.
Maggi voltou a criticar a proposta do governo que tramita no Senado e prevê a taxação de produtos do agronegócio. Ele lembrou que até a criação da Lei Kandir havia uma tributação das vendas externas em 12% e que a retirada desse imposto "permitiu que produtores mais distantes dos portos pudessem competir", disse. "O Ministério da Agricultura fará um documento consistente para senadores para demonstrar a preocupação com esse assunto", acrescentou.
Os dados do ministério mostram que a Ásia foi o principal destino das exportações brasileiras em 2017, com US$ 44,17 bilhões, ou 18,1% do total. A China, com 27,7% das compras externas, manteve-se como o maior mercado individual.
Questionado sobre as restrições colocadas no final do ano passado por alguns países à carne bovina e suína brasileira, como a Rússia, Maggi declarou ainda que o Brasil tentará reabrir esses mercados. "Há muitos interesses comerciais nesse processo, é um mercado extremamente disputado. No início desse ano esperamos reabilitar esses mercados. A Rússia é um caso muito particular. Há muitos anos reclamam que querem vender para o Brasil", disse.

Ministério da Agricultura estuda reverter taxa sobre o etanol dos Estados Unidos

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que a pasta estuda a possibilidade de reverter a taxa de importação de 20% sobre o etanol dos EUA para volumes maiores de 600 milhões de litros ao ano. A medida foi tomada em agosto e ajudou a encarecer o combustível no mercado interno. "Se acharmos que isso pode ser retirado, não terei dificuldade de levar à Camex (Câmara de Comércio Exterior)", disse o ministro. "Depende do estudo que vamos fazer. Não tenho nenhuma restrição em fazer, desde que os números mostrem que essa taxação não faz mais sentido nesse momento."
Maggi lembrou que os EUA reivindicam a retirada da taxação, ao mesmo tempo em que suspenderam as importações de carne do Brasil após a operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Segundo ele, o Brasil poderia aproveitar a situação para negociar uma solução conjunta para os dois casos. "Os preços da gasolina no Brasil mudaram muito. Como os preços do etanol são atrelados à gasolina, me parece que não faz muito sentido a proteção que colocamos lá atrás", disse.