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Economia

- Publicada em 10 de Janeiro de 2018 às 17:10

Juros curtos fecham em alta e longos têm alívio com IPCA acima do esperado

Agência Estado
Os juros futuros de curto prazo fecharam em alta e os longos, quase estáveis ou em queda. O vetor principal dos negócios foi o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro e de 2017 acima do esperado, que provocou ajustes nas apostas para a política monetária nos próximos meses. Pouco antes do encerramento da sessão regular às 16 horas, as taxas longas renovavam as mínimas do dia, em meio ao reforço no fluxo vendedor de investidores em busca dos prêmios considerados excessivos acumulados recentemente.
Os juros futuros de curto prazo fecharam em alta e os longos, quase estáveis ou em queda. O vetor principal dos negócios foi o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro e de 2017 acima do esperado, que provocou ajustes nas apostas para a política monetária nos próximos meses. Pouco antes do encerramento da sessão regular às 16 horas, as taxas longas renovavam as mínimas do dia, em meio ao reforço no fluxo vendedor de investidores em busca dos prêmios considerados excessivos acumulados recentemente.
Com forte volume, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 encerrou em 6,865%, de 6,810% no ajuste de terça, e a do DI para janeiro de 2020, hoje o mais líquido entre os principais contratos, fechou em 8,04%, de 8,00% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou na mínima de 8,92%, perto do ajuste de terça que foi de 8,90%. A taxa do DI para janeiro de 2023 caiu de 9,78% para 9,74% e a do DI para janeiro de 2025, de 10,23% para 10,17%.
O IPCA fechou 2017 com inflação acumulada de 2,95%, abaixo dos 3% estabelecidos como piso da meta central de 4,5%, mas acima do teto das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de 2,89%. A inflação de dezembro, de 0,44%, também surpreendeu, pois a previsão mais pessimista era de 0,38%.
Embora os resultados não tenham trazido preocupações com a trajetória da inflação, houve redução das apostas em corte da Selic de 0,25 ponto porcentual em fevereiro, mas que ainda seguem amplamente majoritárias, com respectivo aumento das estimativas de manutenção da Selic em 7%. Para março, o mercado também reduziu a perspectiva de nova redução, que já era minoritária mesmo antes do IPCA.
Dada a perspectiva agora maior do fim do ciclo de queda da Selic no curto prazo, as taxas curtas se ajustaram em alta, mas houve alívio nas longas, num movimento de redução de inclinação da curva. "Tinha muita gente aplicada na parte média e comprada na longa e hoje acontece o contrário, com muitos players vendo a curva excessivamente inclinada", afirmou o gestor da AQ3 Asset, Fernando Aldabalde.
Com a inflação acumulada abaixo da meta, o Banco Central enviará uma carta ao presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), o ministro Henrique Meirelles, justificando o descasamento.
Na carta, divulgada nesta quarta, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirma que o "IPCA abaixo do piso da meta decorre da deflação de alimentação no domicílio", que caiu 4,85% no ano passado. "Excluindo-se alimentação no domicílio, a alta do IPCA seria de 4,54% em 2017", afirma Ilan Goldfajn.
Segundo ele, o processo de flexibilização monetária seguirá dependendo da atividade, do balanço de riscos e de reavaliação do ciclo.
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