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Economia

- Publicada em 09 de Janeiro de 2018 às 19:57

Banco Mundial eleva projeção de crescimento para o Brasil

No ano passado, houve expansão significativa do comércio mundial

No ano passado, houve expansão significativa do comércio mundial


/Robyn BECK/AFP/JC
O Banco Mundial elevou suas projeções de crescimento para o Brasil este ano, de 1,8% para 2%, e para o mundo, de 2,9% para 3,1%, segundo dados divulgados nesta terça-feira. O organismo informou ainda que, por suas estimativas, a economia brasileira deve ter registrado expansão de 1% em 2017 - a previsão anterior era de 0,3%.
O Banco Mundial elevou suas projeções de crescimento para o Brasil este ano, de 1,8% para 2%, e para o mundo, de 2,9% para 3,1%, segundo dados divulgados nesta terça-feira. O organismo informou ainda que, por suas estimativas, a economia brasileira deve ter registrado expansão de 1% em 2017 - a previsão anterior era de 0,3%.
Já o mundo teria crescido perto de 3% no ano passado (2,7% anteriormente), a maior expansão econômica desde 2011. Mas o relatório do banco ressaltou que isso pode não ter fôlego duradouro.
O Banco Mundial elevou sua previsão de alta do PIB do planeta do ano passado de 2,7%, realizada em junho, para 3%. Em relação a 2018, a projeção subiu de 2,9% para 3,1%. Para 2019, ocorreu leve aumento de 2,9% para 3,0%. Para 2020, a previsão é de expansão de 2,9%.
Segundo o organismo, o conjunto das economias em desenvolvimento deve crescer 4,5% neste ano, na esteira dos países exportadores de matérias-primas. O banco aponta ainda que a redução no crescimento da economia chinesa está sendo suave, o que reduz riscos de choques no longo prazo. Mas o presidente da entidade, Jim Yong Kim, alertou no relatório que "este não é o momento para complacência". "É uma excelente oportunidade para investir no capital humano e físico", afirmou Kim. Segundo ele, isso permitiria que os países chegassem mais perto das metas de erradicação da pobreza extrema.
As novas projeções apontam crescimento de 2% na América Latina este ano, contra expansão de apenas 0,9% em 2017. O relatório, no entanto, lembra que alguns países terão eleições e que outros enfrentam grandes casos de corrupção. "O crescimento na região está sujeito a riscos. A incerteza política em alguns países - incluindo Brasil, Guatemala e Peru - poderá frear o crescimento. Interrupções causadas por desastres naturais, efeitos negativos da turbulência dos mercados financeiros, ou um aumento do protecionismo comercial nos EUA, somados à deterioração nas condições fiscais internas de cada país, poderão prejudicar o crescimento", afirma o texto.
A economia internacional registrou bom desempenho em 2017 e tem condições favoráveis para manter este ritmo de expansão em 2018, destaca o Banco Mundial no relatório Perspectivas Econômicas Globais. Contudo, a instituição adverte que este ciclo positivo pode ser apenas de curto prazo, se os países não adotarem medidas para expandirem o crescimento potencial, especialmente com o incremento de investimentos e da produtividade. "Em 2018, o crescimento nas economias avançadas deverá ser uma taxa levemente moderada de 2,2% à medida que os bancos centrais removerem gradualmente sua acomodação pós-crise e o investimento atingir um ponto de estabilização", apontou o relatório. "Segundo as projeções, o crescimento nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento deverá se fortalecer chegando a 4,5% em 2018, à medida que os exportadores de produtos básicos continuarem a se recuperar."
De acordo com o Banco Mundial, um dos elementos que ajudou no crescimento global em 2017 foi a expansão significativa do comércio internacional, que foi beneficiado pela melhora de investimentos. Mas a velocidade das operações de exportações e importações globais deve moderar em 2018 e 2019, com uma redução da aceleração da Formação Bruta de Capital Fixo em economias avançadas e menor volume de encomendas da China.
A instituição multilateral destaca que as condições financeiras globais continuaram benignas no ano passado, mas devem ficar mais não tão favoráveis em 2018 com "a normalização da política monetária nas principais economias avançadas".
Para o Banco Mundial, os preços de energia e de metais devem se estabilizar neste ano após terem apresentado avanços expressivos em 2017. No caso dos preços agrícolas, em geral, a instituição também prevê estabilidade em 2018.
Embora o Banco Mundial ressalte que 2018 pode ser o primeiro ano desde a Grande Recessão de 2008 em que "a economia global vai operar em capacidade total ou quase total", a instituição multilateral adverte que este bom desempenho pode ser um feito transitório.
A chave para que o ritmo de expansão do nível de atividade mundial seja prolongado no longo prazo, segundo a instituição multilateral, é ampliar o crescimento potencial pelo planeta. Sem esta melhora estrutural, ficam "em risco ganhos na melhoraria dos padrões de vida e na redução da pobreza no mundo inteiro".
 
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