Os fundos de investimento tiveram captação líquida recorde de R$ 259,8 bilhões em 2017, crescimento de 98,9% em relação ao ano anterior, informou a Anbima (associação das entidades de mercado de capitais) ontem. O patrimônio líquido dos fundos somou R$ 4 trilhões, segundo a associação.
Os fundos multimercados tiveram maior ingresso no ano passado, com captação passando de R$ 19,6 bilhões em 2016 para R$ 101 bilhões no ano passado, crescimento de 414%. Os fundos de ações, que registraram captação negativa de R$ 4,8 bilhões em 2016, conseguiram ter saldo positivo de R$ 20,6 bilhões em 2017.
A captação da renda fixa foi de R$ 57,6 bilhões, estável em relação a 2016. Nos fundos de Previdência, a captação caiu 5%, para R$ 45,4 bilhões.
Para Carlos Ambrósio, vice-presidente da Anbima, ano passado ajudou a popularizar os fundos no Brasil, o que se reflete nos resultados recordes. "Os produtos acessíveis a todos os bolsos e a taxa de juros em queda contribuíram para atrair as atenções e as aplicações das pessoas físicas", complementa.
No que diz respeito à rentabilidade, os fundos de ações lideraram os ganhos no ano passado. O tipo Small Caps, com ações de empresas de menor capitalização na bolsa, teve retorno médio de 44,34% no ano passado. Na renda fixa, a maioria dos produtos superou o rendimento da poupança em 2017, que foi de 6,65%.