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comércio exterior

- Publicada em 02 de Janeiro de 2018 às 22:20

Saldo comercial em 2017 é recorde em 28 anos

Exportações atingiram US$ 217,7 bilhões, alta de 18,5% sobre 2016 pela média diária, segundo o Mdic

Exportações atingiram US$ 217,7 bilhões, alta de 18,5% sobre 2016 pela média diária, segundo o Mdic


/FREEIMAGES.COM/DIVULGAÇÃO/JC
A recuperação dos preços internacionais dos bens primários e a safra recorde fizeram a balança comercial fechar 2017 com o melhor saldo positivo registrado até hoje. No ano passado, o País exportou US$ 67 bilhões a mais do que importou, melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989.
A recuperação dos preços internacionais dos bens primários e a safra recorde fizeram a balança comercial fechar 2017 com o melhor saldo positivo registrado até hoje. No ano passado, o País exportou US$ 67 bilhões a mais do que importou, melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989.
O número está dentro das estimativas do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), que previa que o superávit comercial ficaria entre US$ 65 bilhões e US$ 70 bilhões no ano passado. Apenas em dezembro, a balança fechou com saldo positivo de US$ 4,99 bilhões.
As exportações totalizaram US$ 217,7 bilhões em 2017, com alta de 18,5% sobre 2016 pela média diária, o primeiro crescimento após cinco anos. A alta do ano passado, no entanto, foi insuficiente para retomar o recorde de exportações registrado em 2011, quando as vendas externas tinham somado US$ 256 bilhões.
As vendas de produtos básicos cresceram 28,7% no ano passado pelo critério da média diária. As exportações de produtos semimanufaturados subiram 13,3%, e as vendas de produtos industrializados aumentaram 9,4%, também pela média diária.
Em 2017, os preços médios das mercadorias exportadas subiram 10,1%, beneficiados pela valorização das commodities (bens primários com cotação internacional). Os destaques foram minério de ferro, com alta de preços de 40,9%, semimanufaturados de ferro e aço (34,3%) e petróleo bruto (32,2%).
O volume exportado aumentou 7,6% em 2017, impulsionado tanto pela recuperação da indústria como pela safra recorde do ano passado. Os principais destaques foram automóveis de passageiros (44,6%), milho em grão (35%) e soja em grão (33,2%).
O reaquecimento da economia também fez as importações subirem no ano passado. As compras do exterior somaram US$ 150,7 bilhões em 2017, com alta de 10,5% sobre 2016 pela média diária, o primeiro crescimento após três anos. As importações de combustíveis e lubrificantes aumentaram 42,8%. As compras de bens intermediários e de consumo subiram 11,2% e 7,9%, respectivamente. Somente as importações de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) caíram 11,4% em 2017.
"Em 2016, as exportações tinham caído 3,5% e as importações tinham caído 20%. No ano passado, houve uma diferença brutal, com crescimento das exportações e também das importações. Os economistas leem esses dados como sinal da recuperação da economia brasileira", disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.

Secex investiga suposto dumping em filmes de PET

A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic) instaurou investigação para averiguar a existência de dumping nas exportações de filmes PET do Bahrein e do Peru para o Brasil. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de ontem.
A investigação resulta de petição feita pela empresa Terphane em outubro passado. Além da peticionária, são partes interessadas no processo produtores/exportadores dos países investigados, os importadores brasileiros do produto, os governos do Bahrein e do Peru e a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).
O produto objeto da investigação são filmes, chapas, folhas, películas, tiras e lâminas, biaxialmente orientados, de poli (tereftalato de etileno), denominado na investigação apenas como filmes PET.
Os filmes PET são commodities da indústria de filmes de poliéster, utilizados na indústria de conversão de embalagens flexíveis e em algumas aplicações industriais, como desmoldagem de telhas e isolamento de cabos elétricos e telefônicos.

Camex reduz tarifa de importação de policarbonato e outros ex-tarifários

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu para 2% a alíquota do Imposto de Importação de cinco ex-tarifários: policarbonato na forma de pó ou flocos; composto não vulcanizado à base de borracha de etileno-propileno (EPR ou EPDM); filamento elástico bicomponente de poliésteres; disjuntores de gerador trifásico; e módulos isolados a gás para proteção, conexão e manobra de transformadores, geradores ou circuitos alimentadores de alta tensão, em subestações de energia elétrica.
Para o composto não vulcanizado, o benefício valerá por seis meses. Os demais itens receberão o incentivo por 12 meses.

Para 2018, superávit estimado pelo governo é de aproximadamente US$ 50 bilhões

Neto cita acordos comerciais e desburocratização como estímulos

Neto cita acordos comerciais e desburocratização como estímulos


/FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR/JC
Para 2018, a previsão do secretário de Comércio Exterior do Mdic, Abrão Neto, é de um superávit em torno de US$ 50 bilhões. De acordo com ele, tanto as exportações como as importações tendem a crescer neste ano. Sem informar valores, disse que as vendas e as compras do exterior deverão encerrar 2018 no maior valor desde 2015.
O superávit comercial, no entanto, diminuirá porque as compras do exterior tendem a crescer em ritmo maior que as vendas, por causa da recuperação do consumo das famílias e dos investimentos das empresas.
O secretário ressaltou que a entrada em vigor de acordos comerciais também impulsionará as vendas externas do país em 2018. Ele mencionou o acordo automotivo com a Colômbia, que permite o embarque de até 25 mil veículos brasileiros por ano sem cobrança de tarifas, e o acordo de livre comércio com o Egito.
Em relação ao câmbio, ele lembrou que o boletim Focus - pesquisa do Banco Central com instituições financeiras - projeta cotação média do dólar de R$ 3,31 para este ano, próximo da estabilidade. Abrão Neto citou ainda a desburocratização como fator que facilitará o comércio do Brasil com outros países este ano. A partir de julho, todas as exportações serão feitas por meio do Portal Único de Comércio Exterior, que requer menos documentos e procedimentos formais.
Ao longo de 2018, será adotado um novo sistema de importações, com menos burocracia. "Esperamos ganhos na corrente de comércio (soma das exportações e importações) com esse novo modelo", declarou.