Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 02 de Janeiro de 2018 às 17:59

IPC-S de 2017 tem menor taxa acumulada no ano desde 2006

Recuo no preço do feijão preto foi uma das principais influências

Recuo no preço do feijão preto foi uma das principais influências


/MARCELLO CASAL JR./ABR/JC
A alta de 3,23% do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) em 2017 foi a menor taxa anual do indicador desde 2006, quando a variação foi de 2,06%, informou, ontem, o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Em 2016, o
A alta de 3,23% do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) em 2017 foi a menor taxa anual do indicador desde 2006, quando a variação foi de 2,06%, informou, ontem, o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Em 2016, o
IPC-S havia subido 6,18%.
Parte relevante da forte desaceleração foi resultado das quedas observadas em variados produtos alimentícios. Individualmente, além da tarifa do telefone residencial (-6,96%), banana prata (-28,45%), leite tipo longa vida (-9,47%), feijão carioca (-45,78%) e feijão preto (-37,07%) foram as principais influências de baixa no ano.
"Os campeões de queda em 2017 também foram campeões de alta em 2016 por causa dos problemas hídricos e da quebra de safra. No fim, foi um jogo de soma zero", diz Braz, referindo-se aos fortes recuos dos preços de alimentos em 2017. Já as maiores influências de alta foram plano de saúde (12,27%), tarifa de energia elétrica (11,46%), gasolina (11,24%), refeição em bares e restaurantes (3,23%) e condomínio (7,36%).
O IPC-S deve começar o ano em aceleração na taxa mensal, alcançando 0,40% em janeiro, após 0,21% em dezembro. Apesar do alívio esperado em energia, com a adoção da bandeira verde, os reajustes das mensalidades escolares devem pressionar o
IPC-S, mais que compensando o efeito da conta de luz.
Ao contrário do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que só capta os aumentos educacionais em fevereiro, o IPC-S já deve sentir impacto de 0,20 ponto percentual neste mês, com a estimativa de alta de 8% nas mensalidades.
Por outro lado, Braz projeta queda de 5% em energia ou impacto de baixa de 0,10 ponto, uma vez que a bandeira verde não tem cobrança extra, e a bandeira vermelha 1, vigente em dezembro, tinha taxa adicional de R$ 3,00 a cada 100 quilowatt-hora utilizados.
Transporte público deve também contribuir para o aumento do IPC-S em janeiro, uma vez que o mês costuma reunir reajustes de tarifas de ônibus, trem e metrô. Os preços de alimentos, por outro lado, devem continuar comportados. "É esperada alguma aceleração por pressões sazonais, mas a bandeira verde em energia é uma indicação de que houve um bom regime de chuvas que pode ter ajudado algumas culturas de alimentos, possibilitando preços baixos."
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO