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Teatro

- Publicada em 11 de Janeiro de 2018 às 22:50

A dança no ano que passou

Durante a temporada de 2017, a dança ocupou um espaço de destaque. Logo no início do ano, tivemos a estreia de um espetáculo eminentemente experimental, Composições existenciais, criação de Bia Diamante, com interpretação de Mara Nunes.
Durante a temporada de 2017, a dança ocupou um espaço de destaque. Logo no início do ano, tivemos a estreia de um espetáculo eminentemente experimental, Composições existenciais, criação de Bia Diamante, com interpretação de Mara Nunes.
Já em abril, outro espetáculo experimental de extrema criatividade, Fidelidade oculta, aconteceu no Teatro Novo do DC Navegantes, criação de Suzana Schoellkopf e interpretação de um grupo numeroso de bailarinos.
No festival Palco Giratório do Sesc, vários espetáculos de dança foram apresentados, dentre os quais O crivo, de João Paulo Gross, que explorou a obra literária de João Guimarães Rosa.
E então, em maio, recebemos a primeira das três companhias da Europa Oriental, a antiga Cortina de Ferro. O primeiro espetáculo foi o da Moscow State Ballet, que trouxe o Quebra Nozes, de Tchaikovski.
Já em junho, foi a vez do Grupo Experimental de Dança, de Porto Alegre, que apresentou Follias fellinianas. Neste mesmo mês, o grupo de Deborah Colker propiciou a primeira grande emoção do ano, Cão sem plumas, extraordinária coreografia baseada no poema de João Cabral de Melo Neto, do mesmo título, mesclando cinema e dança.
Outro espetáculo experimental de dança foi Sem Ana, coreografia de Daniel Furtado, que também interpretou a obra, baseada num conto de Caio Fernando Abreu (sem dúvida, 2017 foi ano do escritor de Santiago, já falecido).
Ainda naquele mês de junho, a Cia. Del Puerto comemorou seus 18 anos de existência com um trabalho que ocorreu no Teatro Renascença, reunindo fragmentos de suas várias criações.
Tivemos, em agosto, o segundo grupo da antiga União Soviética, o Ballet Kiev, cuja apresentação foi absolutamente decepcionante e até irritante, pela baixa qualidade do espetáculo.
Localmente, a De Rose Art Company e a Escola de Alta Performance de Fabiano Gomes se reuniram, em setembro, para apresentarem um espetáculo denominado Evolution, que ocorreu no palco do Centro Cultural da Santa Casa.
A cidade de Bento Gonçalves realizou, em outubro, a 25ª edição de seu Bento em dança, que reuniu 161 coreografias, com mais de 6 mil bailarinos. Por seu lado, a Univates, universidade de Lajeado, realizou sua 10ª Mostra de Dança, em novembro.
Em outubro, o grupo Corpo propiciou novo momento significativo e emocionante em nossos palcos, com a estreia de sua nova obra, Gira, baseado nos pontos de umbanda e na tradição religiosa e cultural africana.
Em outubro, igualmente, um terceiro grupo da Europa Oriental chegou à cidade, desta vez com melhor qualificação, com um espetáculo denominado Joias do ballet russo, composto exclusivamente de solistas, com passagens de pas de deux e solos individuais, de excelente qualidade.
Por seu lado, a Cia. Del Puerto voltou com seus espetáculos de flamenco, propondo dois diferentes trabalhos: Flamenco imaginário, com o principal grupo de bailarinos, e Ciclos, resultado de uma seleção de passagens coreográficas de espetáculos anteriores.
No entanto, para coroar o ano com a emoção mais forte e inesquecível, em meados de novembro pudemos assistir ao espetáculo da espanhola Eva Yerbabuena, Chuva, que se tornou, ao menos para mim, não apenas o melhor da dança desta temporada, como o melhor espetáculo dentre todos os que tivemos a oportunidade de acompanhar na atual temporada. E leve-se em conta que, no caso da dança, tivemos os grupos de Deborah Colker e o Corpo, com dois excelentes trabalhos. No entanto, a espanhola alcançou a pontuação máxima em todos os quesitos que podem caracterizar um espetáculo. Fechamos, por isso, o ano, no ponto mais alto.
 
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