Candidatura de Lula

Com a manutenção unânime da condenação, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consideram quase certo o impedimento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Analistas acreditam que os ministros do TSE oficializem o impedimento de Lula na primeira semana de setembro. Os ministros devem se reunir apenas para decidir o que já está claro na Lei da Ficha Limpa. Os ministros do TSE acreditam que o julgamento dos recursos no Superior Tribunal de Justiça e no STF deve acontecer antes de 15 de agosto, prazo final permitido pela lei para registro de candidaturas.

Caso o ex-presidente Lula seja impedido de disputar a presidência da República, quem deve comemorar é Jair Bolsonaro (PSC), à direita, e Ciro Gomes (PDT, foto), à esquerda. Eles seriam os maiores beneficiados caso o petista seja impedido de disputar as eleições de 2018.

Enquanto não acontece uma decisão definitiva, os candidatos vão trocando cortesias para se aproximar e estarem prontos para uma decisão que possa buscar parte dos votos do petista no pleito. Ciro Gomes, com o PDT dando suporte, já acena para Lula. Disse que está torcendo para que seu amigo Lula reverta a decisão do TRF-4 nos Tribunais Superiores. Como já anunciaram os gaúchos Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados, e Marco Maia, ex-presidente da Câmara, o PT não tem alternativa dois. Assim, o caminho natural, pelo que parece, será realmente o ex-presidente levar ao palanque Ciro Gomes, que poderia receber uma parcela significativa dos votos de Lula ao longo da campanha.

Jair Bolsonaro, que representa um voto de contestação ao governo atual, pode pegar a rebarba dos votos de Lula no eleitorado de menos escolaridade e renda menor, que por enquanto seguem o líder petista. Caso Lula não entre no jogo, Bolsonaro tende a se fortalecer. Uma hipótese também apresentada pelos analistas políticos é que, se os nomes de centro-direita, que seriam a bola da vez agora, não saírem do chão e se fortalecerem nas pesquisas até o início de abril, é provável que o apresentador Luciano Huck retorne à corrida ao Palácio do Planalto com mais chances que antes.

Num enorme elenco de 14 presidenciáveis, não devemos esquecer os nomes mais fortes, como: Geraldo Alckmin (PSDB), atual governador paulista; Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara dos Deputados; e Henrique Meirelles (PSD), atual ministro da Fazenda. Entre os pré-candidatos que já anunciaram sua intenção pela disputa ao cargo de presidente da República estão: Álvaro Dias (Podemos); Geraldo Alckmin; Arthur Virgílio (PSDB); Ciro Gomes (PDT); Cristovam Buarque (PPS); Fernando Collor (PTC); Jair Bolsonaro (PSC); João Amoêdo (Novo); Levy Fidellis (PRTB); Lula (PT), Manuela d'Ávila (PCdoB); Marina Silva (Rede); e Valéria Monteiro (PMN). Além desses, ainda os possíveis postulantes Aldo Rebelo e Beto Albuquerque (PSB), além de Paulo Rabello de Castro (PSC).