O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, pediu demissão nesta quarta-feira (27), informou a agência Brasil. A saída de Nogueira do cargo foi confirmada pelo Palácio do Planalto, após reunião dele com o presidente da República, Michel Temer (PMDB). Nogueira reassumirá sua vaga na Câmara dos Deputados, como parlamentar eleito pelo PTB do Rio Grande do Sul. Ele comandava o Ministério do Trabalho desde maio de 2016, logo após o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT).
A saída do posto ocorre no dia em Nogueira divulgou os dados de novembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os números mostraram que o país
fechou 12 mil postos de trabalho. No Rio Grande do Sul, houve saldo positivo de vagas formais.
Nogueira marcou os 19 meses na pasta pela defesa fervorosa da reforma trabalhista, que foi aprovada na metade do ano e entrou em vigor em novembro, mês dos números negativos no mercado de trabalho. O agora ex-ministro defendeu que a reforma iria resolver o problema dos milhões de desempregados. Além disso, ele afirmou que as mudanças
tirariam 45 milhões da informalidade.
Na carta de demissão, Nogueira, disse que a reforma trabalhista "quebrou" com 75 anos de imobilismo e colocou o "Brasil ao lado das nações mais desenvolvidas do mundo". O documento faz uma espécie de balanço de sua passagem pelo cargo. O PTB indicou para o seu lugar o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA).
"Com a vigência da Lei da Modernização Trabalhista quebramos 75 anos de imobilismo, e o futuro finalmente chegou em terras brasileiras. Saímos de um modelo de alta regulação estatal para uma forma moderna de autocomposição dos conflitos trabalhistas, colocando o Brasil ao lado das nações mais desenvolvidas do mundo", afirmou.
Ao final do texto, o ministro confirma intenção de se candidatar à reeleição como deputado federal. "Como decidi que apresentarei meu nome à elevada apreciação do povo gaúcho nas eleições do ano que vem, e de forma coerente com aquilo que sempre preguei, venho por meio desta pedir minha exoneração do cargo de Ministro de Estado do Trabalho. Volto à Câmara, de onde continuarei a defender de forma aguerrida as reformas que modernizem a sociedade brasileira", complementou.
Com agência Estado e Brasil