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Política

- Publicada em 26 de Dezembro de 2017 às 19:32

'Juca Bala', o doleiro de Cabral, volta ao Brasil e negocia delação

Ao ouvir, no início do mês a sentença de extradição decretada pela Justiça uruguaia, o doleiro brasileiro Vinícius Vieira Barreto Claret, o "Juca Bala", respondeu "de acordo". Preso desde março, Juca chega ao Rio de Janeiro nesta semana, sob escolta da Polícia Federal, para ocupar um beliche na Penitenciária de Benfica. O retorno ao Brasil, após desistir da briga pela permanência em Montevidéu, reforça a expectativa de que Juca vá fechar um acordo de delação premiada com os procuradores da República da Operação Calicute, versão da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Ao ouvir, no início do mês a sentença de extradição decretada pela Justiça uruguaia, o doleiro brasileiro Vinícius Vieira Barreto Claret, o "Juca Bala", respondeu "de acordo". Preso desde março, Juca chega ao Rio de Janeiro nesta semana, sob escolta da Polícia Federal, para ocupar um beliche na Penitenciária de Benfica. O retorno ao Brasil, após desistir da briga pela permanência em Montevidéu, reforça a expectativa de que Juca vá fechar um acordo de delação premiada com os procuradores da República da Operação Calicute, versão da Lava Jato no Rio de Janeiro.
A prisão do doleiro, a pedido das autoridades brasileiras, ocorreu em Punta del Este depois que Juca foi citado por outros dois delatores da Calicute, os irmãos Renato e Marcelo Chebar. Eles revelaram que, quando o esquema de propina do ex-governador Sérgio Cabral ficou grande demais, em 2007, tiveram de chamar Claret para assumir as operações de lavagem. Até então, os irmãos faziam operações dólar-cabo (entrega de valores em reais no Brasil para que fossem creditados recursos em dólar no exterior) usando a própria clientela para movimentar a propina paga a Cabral.
Claret escondia as operações de lavagem atrás de uma rotina tranquila como vendedor de pranchas em Punta Del Este. O número do celular que ele usava no Uruguai apareceu na agenda de Maria Lúcia Tavares, ex-funcionária da Odebrecht que detalhou o funcionamento do Departamento de Operações Estruturadas, o setor criado pela empreiteira para distribuição de propina. Esta prova mostra que Juca não operava apenas para Cabral. Uma eventual delação levaria Juca a apresentar a lista de clientes que drenaram, nos últimos anos, dinheiro de origem suspeita do Brasil para os paraísos fiscais. De acordo com o advogado de Juca, o uruguaio Juan Fagundez, Juca e Tony decidiram não mais se opor à volta ao Brasil. "Num primeiro momento, ambos estavam com medo de retornar ao Brasil, porque existia muita confusão sobre qual foi o verdadeiro papel de meus clientes nessa história."
Juca, segundo ele, tinha uma estrutura no Rio de Janeiro para o recebimento em espécie dos valores da propina de Cabral. A força-tarefa já sabe que Juca teria sido o responsável por operar o recebimento de propina de US$ 3 milhões da Odebrecht para o ex-governador Sérgio Cabral.
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