Nagelstein será próximo presidente da Mesa Diretora

O vereador Valter Nagelstein (PMDB) foi eleito, nesta segunda-feira, o próximo presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre. A votação, que tomou a maior parte do tempo da sessão, também destinou o cargo de 1ª vice-presidente da Mesa Diretora à vereadora Mônica Leal (PP).

Foi definida ainda a divisão dos parlamentares dentro das seis comissões permanentes da casa, que terão eleições internas próprias para indicar presidência e vice-presidência. A votação concluiu a já previamente articulada indicação de Nagelstein à presidência, acertada no começo do ano, quando se definiu o rodízio de partidos no comando do Legislativo.

"O ano de 2017 deixa lições que eu espero que sejam aprendidas", disse Nagelstein ao ser questionado sobre a conturbada relação entre Poderes Executivo e Legislativo na Capital durante este ano. O peemedebista afirma que, em seus três mandatos na Câmara, "não tinha visto ainda uma tensão tão grande entre Executivo e Legislativo, e paradoxalmente com uma Câmara que se elegeu, em tese, alinhada ao ideário que o prefeito defendia. Tem alguma coisa errada, e é preciso refletir sobre isso".

A sessão foi marcada por um engano, após a eleição para 2º vice-presidente ter como vitorioso Claudio Janta (SD) e o cargo de 1º secretário da Mesa ir para o vereador Mauro Pinheiro (Rede). Como ambos parlamentares ocupam os respectivos cargos no atual ano legislativo, a reeleição para a mesma função é proibida pelo regimento interno da Câmara. As duas votações foram canceladas e refeitas, fazendo assim uma troca e levando Janta a 1º secretário de Mesa e Pinheiro para a 2ª vice-presidência. Após as novas votações terem ocorrido, se definiu também que a 2ª secretaria de Mesa será ocupada pelo vereador Paulinho Motorista (PSB) e a 3ª secretaria, pelo vereador José Freitas (PRB), que não exerceram cargo na Mesa Diretora neste ano.

Pelo segundo ano seguido, a bancada de oposição ao prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) ficará sem representação na Mesa Diretora, e os sete parlamentares do PT e PSOL que integram a bancada questionaram o que chamaram de falta de representatividade. Marcelo Sgarbossa (PT), que foi o candidato da bancada a todos os cargos disputáveis na tarde desta segunda, recebeu os mesmos sete votos nas seis votações feitas.