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Política

- Publicada em 10 de Dezembro de 2017 às 17:41

PT oficializa pré-candidatura de Rossetto

Miguel Rossetto (ao centro, de azul) prometeu que não vai parcelar salários do funcionalismo

Miguel Rossetto (ao centro, de azul) prometeu que não vai parcelar salários do funcionalismo


CLAITON DORNELLES /JC
Lívia Araújo
Em reunião ampliada que trouxe à Capital cerca de 500 participantes de todo o Estado, o Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou por aclamação, neste sábado, no Centro de Porto Alegre, a pré-candidatura de Miguel Rossetto ao governo do Estado, anunciando também que o senador Paulo Paim concorrerá à reeleição pela sigla.
Em reunião ampliada que trouxe à Capital cerca de 500 participantes de todo o Estado, o Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou por aclamação, neste sábado, no Centro de Porto Alegre, a pré-candidatura de Miguel Rossetto ao governo do Estado, anunciando também que o senador Paulo Paim concorrerá à reeleição pela sigla.
Em um discurso de cerca de 30 minutos, Rossetto prometeu não parcelar o salário dos servidores do Executivo e valorizar a educação pública, salientando que "Estado sem escola pública de qualidade não tem lugar no futuro".
O petista foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e ministro do Trabalho e Previdência Social no mandato do qual a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi cassada depois do processo de impeachment, em 2016, além de ter sido eleito vice-governador em 1998, na chapa de Olívio Dutra (PT).
Rossetto também defendeu uma nova repactuação federativa, revendo os termos do pagamento da dívida do Estado com a União, firmado durante o governo de Antonio Britto (1995-1998, PMDB). "Chega de pagar uma dívida impagável e não receber o que é devido com a Lei Kandir. Quase R$ 4 bilhões por ano", disse.
A reunião foi marcada por um forte apoio da militância à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aguarda o julgamento do recurso contra sua condenação pela Justiça no caso do triplex do Guarujá. Em seu discurso, o senador Paulo Paim novamente disse que, caso Lula seja preso, receberá a mesma solidariedade, em nível mundial, que recebeu o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, e, caso sua candidatura seja invalidada, Lula será "um cabo eleitoral de luxo" para qualquer candidato.
A parte da autocrítica partidária coube aos ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro, que também foram ovacionados em suas falas. "O fisiologismo atacou nosso partido de maneira periférica, mas com tentáculos importantes. O PT do Maranhão foi 'sarneyzado'", brincou, em uma alusão à família do ex-presidente José Sarney (PMDB), para depois salientar que, "se não forem analisadas as atitudes do partido que permitiram o golpismo, não iremos adiante".
Ele lembrou à militância que Eliseu Padilha (PMDB) foi ministro do governo Dilma. Já Olívio falou que o cuidado na composição de alianças partidárias vale especialmente para depois das eleições, evocando o trauma do impeachment. "Já conhecemos esse caroço em nosso lombo."
Questionado pela reportagem sobre quais partidos o PT já estaria ouvindo, o presidente da sigla no Rio Grande do Sul, deputado federal Pepe Vargas, disse que as conversas têm sido com legendas de oposição ao governo de José Ivo Sartori (PMDB). "Nós temos conversado e vamos continuar conversando com o PDT, o PCdoB, o PSOL, e com o PSB a nível nacional, pois, no Estado, eles estão na base do governo Sartori. Gostaríamos que eles rompessem, para criarmos uma possibilidade de conversa com o PSB. Já temos pautas comuns na Assembleia Legislativa com esses partidos, que se unificam para impedir determinadas questões que o governo tenta encaminhar e que seriam lesivas ao interesse do Estado."
Além de reforçar a intenção de, no ano que vem, lançar uma nominata que contemple candidaturas de mulheres, negros e negras, e militantes LGBT, Pepe comunicou à plateia a pré-candidatura de Claudir Néspolo, presidente da seccional gaúcha da Central Única dos Trabalhadores (CUT) à Câmara dos Deputados.
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