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Política

- Publicada em 04 de Dezembro de 2017 às 16:09

Por Previdência, governo promete mais R$ 3 bilhões a prefeitos em 2018

Planalto iniciou nova ofensiva para tentar reunir pelo menos 308 votos pela revisão previdenciária

Planalto iniciou nova ofensiva para tentar reunir pelo menos 308 votos pela revisão previdenciária


MARCOS CORRÊA/PR/JC
O governo do presidente Michel Temer decidiu liberar mais R$ 3 bilhões a municípios em 2018 caso a reforma da Previdência seja aprovada. A estratégia é pressionar os prefeitos a influenciarem deputados na Câmara para que eles votem em favor das mudanças nas regras de aposentadoria.
O governo do presidente Michel Temer decidiu liberar mais R$ 3 bilhões a municípios em 2018 caso a reforma da Previdência seja aprovada. A estratégia é pressionar os prefeitos a influenciarem deputados na Câmara para que eles votem em favor das mudanças nas regras de aposentadoria.
Durante reunião nesta segunda-feira (4), no Palácio do Planalto, integrantes da Casa Civil e dos ministérios da Fazenda e do Planejamento fecharam o projeto que inclui R$ 3 bilhões extras na previsão do Orçamento do próximo ano. O governo estipulou que metade desse montante deverá ser aplicado na saúde e o restante, em projetos apresentados pelos prefeitos para a melhoria dos municípios.
O discurso oficial é o de que a aprovação da nova Previdência vai trazer benefícios para as contas públicas e tornará mais robusta a arrecadação do governo, o que permitirá mais investimentos por parte da União. Por isso, afirmam assessores de Temer, é possível se comprometer com a liberação de mais dinheiro mesmo com a meta fiscal de 2018 fixada em um deficit de R$ 159 bilhões. O objetivo é que a promessa motive os prefeitos a pressionarem seus deputados a aprovar a medida, considerada impopular às vésperas de um ano eleitoral.
Temer já havia anunciado a liberação de R$ 2 bilhões em forma de Auxílio Financeiro aos Municípios para o pagamento da folha dos servidores, repassado via Fundo de Participação dos Municípios. No entanto, a dificuldade do governo em conseguir pelo menos 308 votos para aprovar a reforma na Câmara fez com que a equipe do presidente decidisse adotar uma nova contrapartida.
Nesta semana, o Planalto iniciou mais uma ofensiva sobre a base aliada, prefeitos e governadores para tentar reunir pelo menos 308 votos pela reforma -hoje o governo não tem o apoio necessário para fazer avançar a medida.
Em jantar na casa do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), neste domingo (3), ministros e líderes do governo apresentaram argumentos para tentar vencer a resistência dos parlamentares e reorganizar a base na contagem dos votos. O ministro Dyogo Oliveira (Planejamento), por exemplo, disse no jantar que o PIB pode cair 2,8% em dois anos se a reforma não for aprovada.
Ainda de acordo com o ministro, caso a nova Previdência tenha o aval do Congresso, a taxa de desemprego do país estará entre 8% ou 9% em junho e julho do ano que vem -hoje o índice é de cerca de 12%. "É isso que temos que vender", disse Dyogo, segundo relatos de participantes do jantar.
Auxiliares de Temer vão analisar se o clima na base para a votação da reforma melhorou em uma nova reunião, marcada para esta quarta-feira (6). Só então decidirão se vão ou não pautar a matéria ainda este ano, como desejava o Planalto.
Folhapress
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