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Opinião

- Publicada em 15 de Dezembro de 2017 às 15:47

Combater a desigualdade é obrigação da sociedade

Que o Brasil mantém uma desigualdade social não é novidade para qualquer pessoa. E mesmo em meio a tantos programas de inclusão, ainda temos números escandalosos. Confirmando, sabe-se que em 2016 mais de 13 milhões de brasileiros viviam em condição de extrema pobreza, pelos critérios do Banco Mundial. Tinham para consumo no máximo R$ 133,72 mensais, o equivalente a R$ 4,45 por dia, segundo a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, o número de jovens de 16 a 29 anos que não estudavam nem trabalhavam subiu de 34,2 milhões em 2012 para 41,25 milhões em 2016 - o equivalente a 25,8% do total de jovens brasileiros nessa faixa etária.
Que o Brasil mantém uma desigualdade social não é novidade para qualquer pessoa. E mesmo em meio a tantos programas de inclusão, ainda temos números escandalosos. Confirmando, sabe-se que em 2016 mais de 13 milhões de brasileiros viviam em condição de extrema pobreza, pelos critérios do Banco Mundial. Tinham para consumo no máximo R$ 133,72 mensais, o equivalente a R$ 4,45 por dia, segundo a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, o número de jovens de 16 a 29 anos que não estudavam nem trabalhavam subiu de 34,2 milhões em 2012 para 41,25 milhões em 2016 - o equivalente a 25,8% do total de jovens brasileiros nessa faixa etária.
Não é de surpreender, então, que a riqueza permaneceu concentrada no País. Em 2015, sete municípios detinham um quarto da economia brasileira, de acordo com os dados do Produto Interno Bruto dos Municípios 2015, também do IBGE. Os grandes municípios geradores de riqueza naquele ano foram, respectivamente, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e Porto Alegre. Aglutinados, esses municípios representavam 24,9% de toda a riqueza nacional, embora reunissem apenas 14,3% da população brasileira.
Chamado de "A locomotiva econômica do Brasil", São Paulo respondia por 10,9% do PIB brasileiro, 0,1 ponto percentual a mais do que no ano anterior, totalizando uma geração de R$ 650,545 bilhões no ano. Ainda segundo o IBGE, não houve alteração significativa na fatia dos municípios mais ricos em relação ao ano anterior. Quando somados os 64 municípios brasileiros mais ricos em 2015, chegava-se à metade do PIB nacional. Ou seja, apenas 1,1% dos 5.570 municípios brasileiros geravam 50% da riqueza do País. Por outro lado, os 1.353 municípios mais pobres, cerca de 25% deles, responderam por 1,0% do PIB nacional. Nesta faixa, estavam 73,2% dos municípios do Piauí, 59,6% dos municípios da Paraíba, 51,8% dos municípios do Tocantins e 48,5% dos municípios do Rio Grande do Norte. Em 2015, os 557 municípios com as maiores fatias no PIB geraram 94,1 vezes mais renda que os 3.342 municípios mais pobres. Os municípios das capitais concentraram 33,1% do PIB naquele ano, com São Paulo na liderança do ranking de geração de riqueza e Palmas em último lugar.
Na lista dos 10 municípios "não capitais" com maior geração de renda figuraram Osasco (SP), com 1,1% do PIB; Campinas (SP), 0,9%; Guarulhos (SP), 0,9%; Barueri (SP), 0,8%; São Bernardo do Campo (SP), 0,7%; Jundiaí (SP), 0,7%; São José dos Campos (SP), 0,6%; Duque de Caxias (RJ), 0,6%; Campos dos Goytacazes (RJ), 0,6%; e Sorocaba (SP), 0,5%. Já o município de Presidente Kennedy, no Espírito Santo, voltou a registrar o maior PIB per capita do País em 2015: R$ 513.134,20. No mesmo ano, o PIB per capita brasileiro foi de R$ 29.323,58. Mas, o Rio Grande do Sul figura com Triunfo, com R$ 268.381,39, sede de polo petroquímico. Os municípios bem aquinhoados tinham em comum baixa densidade demográfica, somavam 1,3% do PIB brasileiro, mas apenas 0,1% da população, ainda segundo o IBGE.
O menor PIB per capita no ano foi de R$ 3.369,79, no município Novo Triunfo, na Bahia. A economia local era dependente da administração e serviços públicos, com 65,7% do valor adicionado bruto local. No ano de 2015, em 3.170 municípios, a principal atividade econômica, gerando empregos diretos, eram as prefeituras. Depois, atividades como defesa, educação e saúde públicas e seguridade social. Excluindo o serviço público, em 3.129 municípios a agropecuária era a principal atividade econômica. Combater a desigualdade é obrigação geral.
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