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Opinião

- Publicada em 14 de Dezembro de 2017 às 16:22

Quem pagará a conta

Os dinheiros de empresas para as campanhas eleitorais vinham subvertendo a cidadania, distorcendo a representação política e servindo de fachada para o pagamento de "propina" em troca de benesses do setor público. A Operação Lava Jato demonstrou que alguns caciques políticos - no Executivo e no Legislativo - valiam-se (ou ainda se valem?) da torneira das verbas públicas com desvio pela corrupção para favorecimento de interesses pessoais e partidários, ou de empresas e de governos alienígenas (Cuba, Venezuela...), sem nenhum compromisso com o povo. Ninguém, por certo, espera uma panaceia miraculosa desse Congresso Nacional, em maioria comprometido, para transformar a realidade, tampouco providências sérias para ordenar uma reforma hábil a inibir os desmandos.
Os dinheiros de empresas para as campanhas eleitorais vinham subvertendo a cidadania, distorcendo a representação política e servindo de fachada para o pagamento de "propina" em troca de benesses do setor público. A Operação Lava Jato demonstrou que alguns caciques políticos - no Executivo e no Legislativo - valiam-se (ou ainda se valem?) da torneira das verbas públicas com desvio pela corrupção para favorecimento de interesses pessoais e partidários, ou de empresas e de governos alienígenas (Cuba, Venezuela...), sem nenhum compromisso com o povo. Ninguém, por certo, espera uma panaceia miraculosa desse Congresso Nacional, em maioria comprometido, para transformar a realidade, tampouco providências sérias para ordenar uma reforma hábil a inibir os desmandos.
Entretanto, a cínica solução apresentada para arredar as empresas das campanhas eleitorais e as contribuições de pessoas jurídicas aos políticos é uma jabuticaba que deslegitima os próprios políticos. O governo já destina recursos para ressarcir as rádios e TVs pelos "horários gratuitos" e, agora, ainda irá dispender R$ 6 bilhões de dinheiros públicos para financiamento das campanhas eleitorais (0,5% da receita corrente líquida federal destinada ao assim chamado Fundo Especial de Financiamento da Democracia - um verdadeiro "imposto eleitoral"), sem falar nas emendas ao orçamento federal a fim de atender às bases eleitorais. O remédio miraculoso irá proporcionar - hipocritamente, pela via do voto - a "autoprorrogação" dos atuais mandatos, que em condições desiguais com os demais pretendentes a postos eletivos, irão perpetuar-se no poder e "ajustar" novas regras para as futuras eleições (listas, voto distrital...), já em perspectiva.
A distribuição arbitrária pelos partidos dos dinheiros públicos é crime contra a democracia (o povo se distanciará dos encastelados no poder) e contra a economia popular. Afinal, o povo é quem pagará a conta.
Advogado
 
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