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Opinião

- Publicada em 12 de Dezembro de 2017 às 16:20

Propaganda abriu igreja de Havana no Natal

Em 1992, fui inaugurar um capítulo da Alap em Cuba que ficou com a agência estatal Publicitur, que tinha filial em São Paulo, para vender turismo, principalmente em Varadero, pérola das águas do Caribe. No dia 24 de dezembro, participei de Congresso de Publicidade no Hotel Nacional.
Em 1992, fui inaugurar um capítulo da Alap em Cuba que ficou com a agência estatal Publicitur, que tinha filial em São Paulo, para vender turismo, principalmente em Varadero, pérola das águas do Caribe. No dia 24 de dezembro, participei de Congresso de Publicidade no Hotel Nacional.
No painel, com um argentino e um espanhol, declarei que, quando estudava Propaganda em Porto Alegre, na Famecos, me inscrevi para cortar cana nas férias em Cuba, mas não consegui pelo mar de estudantes que se apresentaram. Finalizei dizendo que vinha de um país fantástico, com liberdade de imprensa, mas com problemas com crianças e adultos morrendo de fome e frio nas ruas, fatos que não vi aquele país, pois nas ruas falava com pessoas com esperança de dias melhores. Fui aplaudido de pé por cerca de 800 participantes de inúmeros países latinos. O jornal Grama e a televisão oficial me chamaram para entrevistas, ignorando outros colegas conferencistas da Argentina e Espanha. No Natal, visitei a agência Publicitur pela manhã e entreguei presentes (sabonete, pasta dental e tênis) para a diretoria, composta por 4 publicitários, com duas universidades cada um. Enfatizei que no meu país se comemora o Natal com presentes e cristãos oram nas igrejas para Deus dar a paz e amor. Argumentei que o único sentimento que levava da ilha do vovô Fidel era não poder rezar na catedral de Havana para terminar os embargos às importações e deixar seu povo viver sua cultura. Quando me deixaram no hotel, avisaram que às 20h teria uma "cena" especial no restaurante francês Bonaparte do Nacional.
Ao entrar, vimos uma decoração verde amarela e os médicos, biólogos, engenheiros, químicos, físicos, advogados, publicitários e jornalistas das agências, todos vestidos com camiseta com a bandeira da minha idolatrada pátria. O jantar teve o conjunto Los Panchos, que, entre as músicas, interpretou Tico-Tico no Fubá, Amélia, Felicidades, Nervos de Aço (Lupicínio) e Jacaré, do Paixão Cortes. A minha mulher, Eloah, que me aguenta há 52 anos, chorou muito abraçada em mim, ao lado dos doutores cubanos.
Jornalista e publicitário
 
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