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Internacional

- Publicada em 21 de Dezembro de 2017 às 15:34

Presidente do Peru defende sua inocência diante do Congresso

Com segurança reforçada, PPK chega para sessão no Parlamento

Com segurança reforçada, PPK chega para sessão no Parlamento


/ERNESTO BENAVIDES/AFP/JC
Os peruanos acordaram cedo nesta quinta-feira para acompanhar a sessão do Congresso que decide a moção de vacância do cargo do presidente Pedro Pablo Kuczynski (PPK), acusado de receber propina da construtora brasileira Odebrecht. Na porta da casa do mandatário, era possível observar a entrada e a saída de membros da cúpula do governo já a partir das 7h (horário local). Eles fizeram rápidas visitas para apresentar apoio e discutir estratégias de defesa.
Os peruanos acordaram cedo nesta quinta-feira para acompanhar a sessão do Congresso que decide a moção de vacância do cargo do presidente Pedro Pablo Kuczynski (PPK), acusado de receber propina da construtora brasileira Odebrecht. Na porta da casa do mandatário, era possível observar a entrada e a saída de membros da cúpula do governo já a partir das 7h (horário local). Eles fizeram rápidas visitas para apresentar apoio e discutir estratégias de defesa.
PPK chegou ao Congresso por volta das 9h10min, acompanhado de seu advogado e de seus dois vice-presidentes, Martín Vizcarra e Mercedes Araóz. Na bancada de visitantes do Parlamento, desde cedo, estava sua mulher, Nancy Lange, ao lado do irmão do presidente. Na quarta-feira, ela havia saído em defesa do marido, dizendo que "talvez ele tenha confiado demais em pessoas que não eram de plena confiança".
Nas ruas ao redor do Congresso, contidos por cordões policiais, havia manifestantes de ambos os lados desta disputa. Apoiadores do presidente usavam camisetas da seleção nacional ou do partido do mandatário (Peruanos Por el Kambio), enquanto gritavam "sigue, sigue, PPK" (continue, PPK) e "Yo Creo en Ti" (eu acredito em você).
Pouco depois, PPK começou seu discurso de defesa. "Hoje, me apresento diante deste Parlamento e de todos os peruanos para demonstrar minha inocência, olhando em seus olhos", afirmou, alegando ter trabalhado como consultor de empresas em várias oportunidades, mas que isso nunca foi feito enquanto ocupava cargos públicos. PPK foi ministro durante a gestão de Alejandro Toledo (2001-2006), e assumiu a presidência em julho de 2016.
"Quando ocupei funções públicas, minha empresa, Westfield, não foi comandada por mim, passei a gestão da mesma ao sr. Gerardo Sepúlveda. Nunca vi os documentos que relacionam a Odebrecht à Westfield, esse vínculo foi feito por meio do sr. Sepúlveda", garantiu.
Enquanto falava, PPK mostrava os contratos relacionando as duas empresas em um telão. Neles, aparecia a assinatura. "Vocês veem que não é a minha, quem assina é o sr. Sepúlveda." Pediu desculpas por não ter "colocado empenho antes em explicar as atividades de minha empresa, mas isso não faz de mim um corrupto".
O mandatário afirmou que o pedido de moção se deve a uma estratégia política. "Não está em jogo minha permanência no cargo, e sim a sustentabilidade da democracia peruana. Não apoiem essa vacância que não tem sustento."
 
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