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Internacional

- Publicada em 07 de Dezembro de 2017 às 15:25

Justiça pede prisão preventiva de Cristina Kirchner

Um dos principais nomes da cúpula das gestões kirchneristas (2003-2015), o ex-secretário Legal e Técnico Carlos Zannini foi detido na madrugada desta quinta-feira, em Río Gallegos, na Patagônia. Sua prisão foi decretada para que não interfira no processo que analisa uma possível tentativa de obstrução do governo de Cristina Kirchner às investigações sobre o atentado de 1994 contra a Associação Mutual Israelita (Amia), em troca de um acordo comercial do país com o Irã. Teerã teria participado da ação, que deixou 86 pessoas mortas. O juiz federal Claudio Bonadio também pediu a retirada do foro privilegiado e a prisão preventiva da ex-presidente e agora senadora, para que ela seja processada.
Um dos principais nomes da cúpula das gestões kirchneristas (2003-2015), o ex-secretário Legal e Técnico Carlos Zannini foi detido na madrugada desta quinta-feira, em Río Gallegos, na Patagônia. Sua prisão foi decretada para que não interfira no processo que analisa uma possível tentativa de obstrução do governo de Cristina Kirchner às investigações sobre o atentado de 1994 contra a Associação Mutual Israelita (Amia), em troca de um acordo comercial do país com o Irã. Teerã teria participado da ação, que deixou 86 pessoas mortas. O juiz federal Claudio Bonadio também pediu a retirada do foro privilegiado e a prisão preventiva da ex-presidente e agora senadora, para que ela seja processada.
Cristina já vem sendo investigada por encobrimento, agravado por sua possível participação na obstrução da investigação. Por sua participação em outros casos, sem ligação com o atentado, ela é acusada de enriquecimento ilícito, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Para que seja presa, ainda que preventivamente, é necessária aprovação do Congresso. Atualmente, o kirchnerismo tem maioria no Senado, e não há, a princípio, sessões suficientes antes do fim do ano para que a causa seja analisada no Senado e na Câmara. Assim, o mais provável é que uma decisão sobre isso ocorra apenas no ano que vem, a não ser que o Congresso resolva deliberar de maneira excepcional durante o recesso. O processo de obstrução nas investigações foi aberto a partir de uma denúncia feita pelo procurador Alberto Nisman, encontrado morto em 2015 de forma suspeita. 
Zannini já tinha prestado depoimento diante de Bonadio em 23 de outubro. Na ocasião, ele negou ter participado do suposto plano para encobrir cidadãos iranianos que estariam envolvidos no ataque. Agora que está detido, deverá ser chamado para prestar novos depoimentos.
O juiz declarou que as explicações dadas pelos envolvidos no caso Amia dentro do governo não esclarecem porque, logo após o acordo de comércio com o Irã, vários pedidos de captura - alguns com apoio da Interpol - de cidadãos iranianos supostamente vinculados ao atentado caíram. Em sua defesa, Zannini disse que "não conhece os iranianos citados" e que não participou da redação do tratado. Acrescentou que o governo, durante sua gestão, "sempre procurou dar assistência às vítimas e buscar a verdade sobre o ocorrido".
Para Bonadio, a prisão preventiva é necessária pela quantidade de informações que Zannini manejava. Também foi levada em conta sua influência sobre o kirchnerismo no Congresso, que poderia atrapalhar as investigações.
Outro que vem prestando depoimentos no caso é o ex-chanceler Héctor Timerman, responsável pelos contatos com o governo do Irã para a elaboração do tratado. Embora por um motivo diferente, Zannini é o segundo homem forte do kirchnerismo a ser preso. O primeiro foi Julio de Vido, então ministro do Planejamento, por recebimento de propinas e desvio de recursos de obras públicas.
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