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Internacional

- Publicada em 07 de Dezembro de 2017 às 14:15

Justiça prende aliado de Cristina Kirchner e pede prisão da ex-presidente

Para que ex-presidente seja presa, é necessária a aprovação do Congresso argentino

Para que ex-presidente seja presa, é necessária a aprovação do Congresso argentino


WALTER DIAZ/AFP/ARQUIVO/JC
Um dos principais nomes da cúpula das gestões kirchneristas (2003-2015), o ex-secretário Legal e Técnico, Carlos Zannini, foi detido na madrugada desta quinta-feira (7), em Río Gallegos, na Patagônia, onde vive. Ele foi preso para não interferir no processo que analisa uma possível tentativa de obstrução do governo de Cristina Kirchner sobre as investigações do atentado contra a AMIA (Associação Mutual Israelita), em troca de um acordo comercial do país com o Irã. O atentado de 1994, que teria a participação de Teerã, matou 86 pessoas.
Um dos principais nomes da cúpula das gestões kirchneristas (2003-2015), o ex-secretário Legal e Técnico, Carlos Zannini, foi detido na madrugada desta quinta-feira (7), em Río Gallegos, na Patagônia, onde vive. Ele foi preso para não interferir no processo que analisa uma possível tentativa de obstrução do governo de Cristina Kirchner sobre as investigações do atentado contra a AMIA (Associação Mutual Israelita), em troca de um acordo comercial do país com o Irã. O atentado de 1994, que teria a participação de Teerã, matou 86 pessoas.
O juiz federal Claudio Bonadio também pediu a retirada do foro privilegiado e a prisão preventiva da ex-presidente e agora senadora Cristina Kirchner, para que ela seja processada. Cristina já vem sendo investigada por encobrimento agravado por sua possível participação na obstrução da investigação -por sua participação em outros casos, sem ligação com o atentado, ela é acusada de enriquecimento ilícito, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Para que ela seja presa, ainda que preventivamente, é necessário aprovação do Congresso. Atualmente o kirchnerismo tem maioria no Senado, e não há, a princípio, sessões suficientes antes do fim do ano para que a causa seja analisada no Senado e na Câmara. Assim, o mais provável é que uma decisão sobre isso ocorra apenas no ano que vem, a não ser que o Congresso resolva deliberar de maneira excepcional durante o recesso.
O processo de obstrução nas investigações foi aberto a partir de uma denúncia feita pelo procurador Alberto Nisman, morto em 2015. Zannini já tinha prestado depoimento diante de Bonadio em 23 de outubro. Na ocasião ele negou ter participado do suposto plano para encobrir cidadãos iranianos que estariam envolvidos no ataque. Agora que está detido, ele deverá ser chamado para prestar novos depoimentos.
O juiz declarou que as explicações dadas pelos envolvidos no caso AMIA dentro do governo não esclarecem porque, logo após o acordo de comércio com o Irã, vários pedidos de captura -alguns com apoio da Interpol- de cidadãos iranianos supostamente vinculados ao atentado caíram.
Em sua defesa, Zannini disse que "não conhece os iranianos citados" e que não participou da redação do tratado. Acrescentou que o governo, durante sua gestão, "sempre procurou dar assistência às vítimas e buscar a verdade sobre o ocorrido."
O juiz Bonadio pediu a prisão preventiva porque considera que, pela quantidade de informações que Zannini manejava, além de sua influência sobre o kirchnerismo no Congresso, havia risco de que poderia atrapalhar as investigações. Outro que vem prestando depoimentos no caso é o ex-chanceler Héctor Timerman, responsável pelos contatos com o governo do Irã para a elaboração do tratado.
Embora por um motivo diferente, Zannini é o segundo homem-forte do kirchnerismo a ser preso. O primeiro foi Julio de Vido, então ministro do Planejamento, por recebimento de propinas e desvio de recursos de obras públicas.
Folhapress
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