Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.
Largada da Operação Verão tem menos salvamentos que 2016
Salvamento de banhista em Torres atrai multidão e alerta para riscos no mar
PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
Os salvamentos de veranistas da água, principalmente nas praias gaúchas, na temporada de 2017/2018 são em menor número do que o mesmo período de 2016, mas nem por isso significa menos atenção dos guarda-vidas. Nas guaritas de vigilância, os bombeiros advertem para riscos a quem entrar na água em áreas com mar mais agitado e após ingerir bebidas alcoólicas.
Quer continuar lendo este e outros conteúdos sérios e de credibilidade?
Assine o JC Digital com desconto!
Personalize sua capa com os assuntos de seu interesse
Acesso ilimitado aos conteúdos do site
Acesso ao Aplicativo e versão para folhear on-line
Conteúdos exclusivos e especializados em economia e negócios
Os salvamentos de veranistas da água, principalmente nas praias gaúchas, na temporada de 2017/2018 são em menor número do que o mesmo período de 2016, mas nem por isso significa menos atenção dos guarda-vidas. Nas guaritas de vigilância, os bombeiros advertem para riscos a quem entrar na água em áreas com mar mais agitado e após ingerir bebidas alcoólicas.
> Confira o vídeo com salvamento de banhista:
O balanço entre 15 e 30 de deste mês indicou 50 salvamentos no Litoral gaúcho e em águas internas, sendo 45 nas praias do norte, um nas do Sul e quatro no interior. No mesmo período no ano passado, haviam sido 78 salvamentos, 62 no Norte, 13 no Sul e três em águas internas. No Norte, Torres lidera em resgates de pessoas da água, com 18 casos. Tramandaí e Imbé vêm logo depois com seis casos em cada praia. Depois vem Nova Tramandaí, com quatro ocorrências.
Nos primeiros 15 dias da operação Golfinho de 2016/2017, houve três mortes por afogamento. Na largada das ações este ano, nenhum caso foi registrado. Os dados se referem sempre a áreas cobertas pelo trabalho dos guarda-vidas. Somente em Torres são 22 guaritas (casinhas de onde os guarda-vidas monitoram a areia e água) e cerca de 60 guarda-vidas.
No sábado (30), o socorro a um banhista que estava se afogando atraiu a atenção de veranistas que lotavam a Praia da Cal, em Torres, considerada pelo Corpo de Bombeiros como a mais perigosa e com mais ocorrências devido à proximidade com as formações rochosas, uma delas o Morro das Furnas.
"A Praia da Cal tem correntes de retorno permanentes, por isso aqui ocorre maior número e salvamentos do litoral gaúcho", adverte o capitão Lúcio Junes Lemes da Silva, que comanda a 1a Companhia de Guarda-Vidas da Operação Verão, que fica em Torres.
Um rapaz de 35 anos foi para o mar após consumir álcool, segundo familiares, e não conseguiu vencer a água. O incidente ocorreu por volta das 15h, e o mar estava bastante agitado e com correntes de retorno. Três guarda-vidas, nome que passou a identificar a partir deste ano a categoria antes chamada de salva-vidas, foram mobilizados para retirar o homem da água.
Foram momentos nervosos. A gravidade chegou a nível quatro - são seis graus de afogamento, indicando dificuldade de respiração. Foi preciso chamar o socorro do Samu. Na areia, enquanto o soldado guarda-vida David Antonio Olkoski da Silva, e colegas tentavam administrar a situação para não perder a vítima de afogamento. O homem foi imobilizado, e acabou sendo levado na ambulância. A multidão aplaudiu longamente a equipe de salvamento, enquanto a vítima era levada de maca para o veículo. A informação dos bombeiros é que o rapaz ficou em coma induzido para evitar mais danos.
"O que mais temos pego neste ano é afogamento por corrente de retorno", reforça Silva. Por isso, diz ele, o trabalho de prevenção é intenso para evitar que s pessoas tomem banho nas áreas de riscos. "O homem que foi socorrido, entrou para nadar, após ter ingerido muita bebida alcoólica, segundo familiares, e acabou caindo em uma área de risco", descreve Silva.
"Ele entrou muito longe, demoramos para chegar e o homem acabou engolindo muita água. Ele estava em grau três para quatro, que é mais grave. A água encharca o pulmão e compromete os alvéolos. O sal da água também é mais prejudicial", explica o soldado. Neste domingo (31), último dia do ano, a Praia da Cal registrou seis salvamentos. Ou seja, mesmo que a temporada de verão tenha começado com menos ocorrências que a de 2016/2017, os guardas-vidas como o soldado Silva não param de trabalhar.