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Esportes

- Publicada em 06 de Dezembro de 2017 às 20:56

Jogadores com raízes no Brasil podem enfrentar seleção na Copa de 2018

O zagueiro Léo Lacroix, 25, espera com ansiedade a convocação final do técnico da Suíça Vladimir Petkovic para ter a chance de jogar sua primeira Copa do Mundo. Figurinha carimbada na equipe sub-21, ele ainda aguarda uma oportunidade para poder entrar em campo pela seleção principal.Foi chamado para seis partidas das eliminatórias -incluindo as duas da repescagem contra a Irlanda do Norte- mas só ficou no banco. Nada que o desanime.
O zagueiro Léo Lacroix, 25, espera com ansiedade a convocação final do técnico da Suíça Vladimir Petkovic para ter a chance de jogar sua primeira Copa do Mundo. Figurinha carimbada na equipe sub-21, ele ainda aguarda uma oportunidade para poder entrar em campo pela seleção principal.Foi chamado para seis partidas das eliminatórias -incluindo as duas da repescagem contra a Irlanda do Norte- mas só ficou no banco. Nada que o desanime.
"Teremos amistosos até a Copa e acredito que convencerei o treinador que posso fazer parte do elenco e ajudar a nossa seleção", disse. Léo é um dos vários atletas da seleção suíça com origem de outros países. São os casos de Xherdan Shaqiri, nascido no Kosovo, e Johan Djorou, da Costa do Marfim. Nascido em uma pequena cidade nas redondezas de Lausanne, é fruto do casamento de mãe brasileira, Nilza, e pai suíço, Claude.
Ele passou toda a infância e parte da adolescência na Suíça, bem distante da realidade brasileira. Falava português por causa da mãe e pelo contato que tinha com parentes que viviam no Brasil. Mas, em 2009, quando estava com 17 anos, decidiu se mudar para o Rio de Janeiro. "Queria conhecer o jeito do brasileiro viver, pegar ônibus lotado, ter uma nova experiência de vida. E posso dizer que isso me ajudou a crescer muito como pessoa", disse.
Neste tempo no Rio, teve uma breve passagem pela equipe juvenil do São Cristóvão, tradicional clube carioca que revelou Ronaldo. "Foi nesta época que comecei a gostar ainda mais do Flamengo e torcer mesmo. Quando era pequeno, já tinha ganho uma camisa de presente da minha mãe", disse. Depois de seis meses vivendo no Brasil, recebeu uma ligação da mãe pedindo para que voltasse para Suíça para tentar novamente a sorte no Sion, clube que o havia rejeitado alguns anos antes.
O zagueiro conseguiu agarrar a nova oportunidade. Em 2012, fez a sua estreia como profissional. Defendeu o clube até 2016 e conquistou um título, o da Copa da Suíça, na temporada 2014-2015. Em 2016, se transferiu para o Saint-Etienne (FRA) e nesta temporada teve a oportunidade de duelar contra Neymar pela primeira vez. Com o desempenho na França veio a oportunidade na seleção principal do país que sempre teve como casa.
"Eu nunca pensei em jogar pelo Brasil, apesar de ter uma camisa da seleção. A Suíça sempre me deu tudo, minha vida toda foi lá", afirmou. Apesar da escolha, Léo é fã do futebol brasileiro e ficou emocionado quando soube que a Suíça enfrentaria o Brasil logo na estreia na Rússia. "Estar na Copa é um sonho, enfrentar a nação com o melhor futebol do mundo não tem preço", disse.
O DNA brasileiro e de Copa está no sangue de Celso Borges, 29, graças ao seu pai.Alexandre Guimarães, natural de Maceió, se mudou para a Costa Rica quando tinga 12 anos. Pouco depois se tornou cidadão do país. Fez tamanho sucesso, que em 1990, foi chamado para representar a seleção costa-riquenha em sua primeira aparição em um Mundial.
Doze anos depois, dirigiu a equipe nacional na Copa da Coreia do Sul e do Japão. Em ambas as oportunidades, teve o Brasil como adversário e acabou derrotado. Agora, Celso terá a chance de tentar vingar o pai. Mas sabe que a tarefa será árdua.
"Depois que teve o sorteio, a primeira pessoa com quem falei foi meu pai. Ele estava muito emocionado, pois toda sua família ainda vive no Brasil", contou Celso, que nasceu na capital San José. "Para mim e para todos os meus companheiros será incrível enfrentar uma seleção de tanta história. Vamos com muita vontade. Será um jogo muito duro, mas precisamos acreditar em nós. Temos capacidade para fazer uma boa partida", afirmou.
Celso pode falar com propriedade, afinal já leva muito tempo defendendo a seleção. O meio-campista do La Coruña, da Espanha, soma mais de 100 jogos pela equipe nacional e esteve presente na Copa do Mundo de 2014. Só não jogará na Rússia caso aconteça um imprevisto. Celso jogou entre 2006 e 2009 no Deportivo Saprissa e depois passou seis temporadas na Suécia até acertar a ida para a Espanha, em 2015. Jamais foi sondado por nenhum clube brasileiro.
"Fui para a Europa com 20 anos. O mercado brasileiro era e ainda é muito fechado para nós da Costa Rica. Acho que seria muito difícil eu jogar um dia no Brasil, mas nunca podemos fechar a porta para nada", afirmou. A última vez que Celso esteve no Brasil foi em 2014. Desde então não retornou.
"Ia muito por causa dos meus avós. Mas eles morreram e agora já não tem tanto motivo. Visitava muito o Rio. Me sentia muito identificado Tenho orgulho das minhas raízes", disse Celso, que tem dificuldades para falar português -quando conversou com a reportagem, preferiu falar em espanhol. Celso diz não ter um clube brasileiro de coração, mas gosta de seguir o campeonato nacional. Quando era menor, tinha como principal referência o atacante Ronaldo.
Em 2002, durante a Copa, teve a oportunidade de ver o ídolo enfrentando o time do seu pai. Ele, à época com apenas 14 anos, viajou à Coreia do Sul com a mãe e irmãos. "Foi uma experiência muito bonita. Minha vontade era ver de perto o Ronaldo. Infelizmente não tive a oportunidade de encontrá-lo para pedir uma foto ou autógrafo depois do jogo", contou Celso, que não tem lembranças do duelo da Copa de 1990.
Folhapress
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