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Perspectivas 2018

- Publicada em 18 de Dezembro de 2017 às 16:17

Disputa por Jerusalém eleva tensões entre Palestina e Israel

Daniel Sanes
Destaque recorrente no noticiário internacional por ser uma zona em permanente conflito, o Oriente Médio segue muito distante da pacificação idealizada quando a eclosão da onda revolucionária conhecida como Primavera Árabe deu a esperança de dias melhores para a região. Pouco mais de sete anos depois, apenas a Tunísia - que pertence ao Norte da África -, conseguiu consolidar seu processo de transição rumo a uma democracia. Para piorar, Israel, uma das maiores potências da região, se vê novamente diante de um cenário bélico por conta da decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital do Estado judeu, despertando a ira dos países árabes.
Destaque recorrente no noticiário internacional por ser uma zona em permanente conflito, o Oriente Médio segue muito distante da pacificação idealizada quando a eclosão da onda revolucionária conhecida como Primavera Árabe deu a esperança de dias melhores para a região. Pouco mais de sete anos depois, apenas a Tunísia - que pertence ao Norte da África -, conseguiu consolidar seu processo de transição rumo a uma democracia. Para piorar, Israel, uma das maiores potências da região, se vê novamente diante de um cenário bélico por conta da decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital do Estado judeu, despertando a ira dos países árabes.
O anúncio do presidente Donald Trump, que, segundo especialistas, foi motivado por pressões de grupos evangélicos e conservadores, surpreendeu a comunidade internacional, já que a cidade sagrada é reivindicada também pelos palestinos como a capital de seu tão sonhado Estado. Com a iminente transferência da embaixada norte-americana de Tel Aviv para Jerusalém, Trump potencializa a escalada de violência entre israelenses e palestinos, que, se nunca foi interrompida de fato, diminuiu consideravelmente desde 2014, quando mais de 2,3 mil pessoas morreram em conflitos na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém, a maioria delas civis e palestinas. O movimento islâmico Hamas já anunciou uma terceira intifada (rebelião contra Israel), e, a se repetir o que ocorreu nas outras duas, 2018 pode ser um ano sangrento na região.
Enquanto isso, a vizinha Síria se encaminha para o oitavo ano de uma guerra civil que já deixou mais de 340 mil mortos - algumas organizações humanitárias falam em meio milhão. Apoiado pela Rússia, o regime de Bashar al-Assad tem obtido progressos ao recuperar dois terços do país dos grupos rebeldes financiados pelos EUA, que pressionam por sua saída desde o início da Primavera Árabe. No entanto, a Síria é um Estado empobrecido econômica e politicamente, e as perspectivas de que a guerra termine logo não são nada animadoras.
O panorama é desolador em diversos países da região. A renúncia do primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, acusando o Irã e o movimento xiita Hezbollah de terem controle sobre o país, gerou uma crise diplomática, assim como o lançamento de mísseis do Iêmen para a Arábia Saudita - episódios que podem ter consequências graves. De positivo, pode-se dizer que o Estado Islâmico perdeu significativo poder de fogo, embora siga reivindicando a autoria de atentados mundo afora.
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