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Perspectivas 2018

- Publicada em 18 de Dezembro de 2017 às 16:16

Retórica belicista cresce, mas guerra nuclear entre EUA e Coreia do Norte é improvável

Juliano Tatsch
Desde a crise dos mísseis em Cuba, em outubro de 1962, o mundo não esteve tão próximo de um conflito nuclear. Se, daquela vez, o equilíbrio de forças da Guerra Fria acabou por impedir que as superpotências - Estados Unidos e União Soviética - disparassem o primeiro míssil, nesta, a imprevisibilidade dos governantes dos dois lados torna o cenário potencialmente inflamável.
Desde a crise dos mísseis em Cuba, em outubro de 1962, o mundo não esteve tão próximo de um conflito nuclear. Se, daquela vez, o equilíbrio de forças da Guerra Fria acabou por impedir que as superpotências - Estados Unidos e União Soviética - disparassem o primeiro míssil, nesta, a imprevisibilidade dos governantes dos dois lados torna o cenário potencialmente inflamável.
De um lado, Donald Trump, o milionário presidente da nação mais poderosa do mundo, que tem, a seu dispor, um orçamento militar de US$ 700 bilhões para o ano que vem. Do outro, um país comandado com punho de ferro por Kim Jong-un, um ditador que lidera a nação mais fechada do mundo.
Diplomatas norte-americanos experientes já se manifestaram, em condição de anonimato, afirmando que o perigo não está no lado coreano, pois Kim é o líder supremo da Coreia do Norte desde dezembro de 2011, e, assim, seu "modus operandi" já é conhecido. O mesmo não se pode dizer a respeito de Trump.
Dentro desse cenário, de forte retórica belicista de ambos os lados, o papel de mediação da China é fundamental. Um dos únicos aliados do regime comunista norte-coreano, o governo de Pequim também tem uma relação amistosa com Washington e pode ser o "algodão entre os cristais".
Uma guerra nuclear é possível, mas improvável. Os dois lados - e não apenas eles - sairiam perdendo em um confronto sem vencedores. A diplomacia pode ter dificuldades em acalmar os ânimos e encontrar uma solução negociada, mas, em momentos de forte tensão, a economia costuma falar mais alto do que os chanceleres. O impacto econômico que uma guerra nuclear traria para os EUA, com estremecimento de relações com a China, tende a frear uma investida militar norte-americana. Em relação à Coreia do Norte, um ataque preventivo ao território norte-americano ou aos territórios dos aliados dos EUA na região seria uma declaração de morte do regime de Kim, que não teria condições de suportar uma ofensiva de Washington e seus parceiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
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