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Eleições 2018

- Publicada em 04 de Dezembro de 2017 às 17:24

A sucessão ao Palácio Piratini


CLAITON DORNELLES /JC
Pelo menos nove partidos estão construindo candidaturas ao governo do Estado para as eleições de 2018. Ao que tudo indica, os partidos de centro à esquerda devem se dividir em quatro candidatos. As siglas de centro à direita, por sua vez, devem se desmembrar em outras quatro candidaturas. Sete partidos já lançaram pré-candidatos. No espectro político mais à esquerda, o PT escolheu o ex-ministro Miguel Rossetto; o PDT indicou o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge; o PCdoB apontou a ex-secretária estadual de Turismo Abgail Pereira; e o PSOL confirmou o vereador Roberto Robaina. O PTB lançou o secretário de Segurança de Canoas, Delegado Ranolfo Vieira. Legendas do campo político à direita, o PP definiu o deputado federal Luis Carlos Heinze como pré-candidato, e o Partido Novo lançou o ex-secretário Mateus Bandeira. Embora não tenham oficializado nomes, PMDB e PSDB pretendem encabeçar chapas ao Palácio Piratini. A militância tucana já dá como certa a candidatura do ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite; e a peemedebista incentiva a reeleição do governador José Ivo Sartori.
Pelo menos nove partidos estão construindo candidaturas ao governo do Estado para as eleições de 2018. Ao que tudo indica, os partidos de centro à esquerda devem se dividir em quatro candidatos. As siglas de centro à direita, por sua vez, devem se desmembrar em outras quatro candidaturas. Sete partidos já lançaram pré-candidatos. No espectro político mais à esquerda, o PT escolheu o ex-ministro Miguel Rossetto; o PDT indicou o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge; o PCdoB apontou a ex-secretária estadual de Turismo Abgail Pereira; e o PSOL confirmou o vereador Roberto Robaina. O PTB lançou o secretário de Segurança de Canoas, Delegado Ranolfo Vieira. Legendas do campo político à direita, o PP definiu o deputado federal Luis Carlos Heinze como pré-candidato, e o Partido Novo lançou o ex-secretário Mateus Bandeira. Embora não tenham oficializado nomes, PMDB e PSDB pretendem encabeçar chapas ao Palácio Piratini. A militância tucana já dá como certa a candidatura do ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite; e a peemedebista incentiva a reeleição do governador José Ivo Sartori.

Pré-candidatos

Abgail Pereira (PCdoB)
Ao lançar Abgail Pereira como pré-candidata ao Palácio Piratini, o PCdoB sinaliza que vai buscar um caminho independente do PT em 2018, visto que a sigla apoia os petistas nas eleições estaduais desde 1994. Apesar disso, o PCdoB não descarta o diálogo com o tradicional aliado. O presidente estadual da legenda, Adalberto Frasson, busca aproximação com PT, PDT, PSB, sindicatos, movimentos sociais e acadêmicos. Frasson acredita que a candidatura de Abgail vai dar visibilidade à pré-candidata da sigla à presidência da República, Manuela d'Ávila. "A candidatura da Manuela, uma vez consolidada, pode unificar os aliados no Estado", avaliou.
Delegado Ranolfo (PTB)
Há mais de 30 anos sem lançar candidato próprio ao governo do Estado, o PTB oficializou a pré-candidatura do secretário municipal de Segurança de Canoas, Delegado Ranolfo Vieira. O partido pretende priorizar o tema da segurança pública na campanha, por isso a escolha de Delegado Ranolfo. Entre as legendas com quem os petebistas buscam alianças estão PT, PSDB, SD, PR, Rede e DEM. Inspirado na candidatura à prefeitura de Porto Alegre do deputado estadual Maurício Dziedricki - que, em 2016, ficou em quarto lugar no pleito municipal -, o pré-candidato projeta que uma chapa majoritária vai expandir a sigla no Estado.
Eduardo Leite (PSDB)
Ex-prefeito de Pelotas, Eduardo Leite é o mais cotado para concorrer ao Piratini pelo PSDB, embora ele próprio, que assumiu a presidência do diretório estadual da sigla em novembro, diga que a escolha do candidato vai ocorrer somente em 2018. Leite busca aliados para as eleições em partidos que, assim como os tucanos, estão na base aliada da gestão José Ivo Sartori (PMDB). Entre eles, PP, PSB e PSD. PTB, PPS e Rede também estão no horizonte. Leite acredita que o próximo governador deve continuar com o ajuste fiscal, mas também fazer investimentos. "Sartori ficou encurralado na pauta fiscal", critica.  
Jairo Jorge (PDT)
O PDT foi o primeiro partido a definir o pré-candidato ao Palácio Piratini, o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge. O pedetista já percorreu 304 municípios gaúchos e pretende visitar todos até a eleição. Segundo o presidente do PDT gaúcho, Pompeo de Mattos, a sigla já se reuniu com possíveis aliados, como PV, PCdoB, PPS, PRB e PSB. "Temos boas expectativas com o PSB, com possibilidade de nos aliarmos nacionalmente. Os dois partidos viabilizariam uma chapa, pois teríamos até 30% do tempo de televisão", analisou Pompeo. "Somos uma candidatura de centro-esquerda", complementou.
José Ivo Sartori (PMDB)
Embora o governador José Ivo Sartori não tenha confirmado se vai concorrer em 2018, o PMDB aposta que ele será o primeiro chefe do Executivo a se reeleger no Rio Grande do Sul. Apesar do desgaste por conta de medidas impopulares do ajuste fiscal promovido em sua gestão, o partido aposta numa avaliação melhor da administração no interior do Estado. O presidente estadual da sigla, Alceu Moreira, pretende trabalhar para manter o maior número de partidos da base aliada, apesar de aliados importantes - como o PP - já terem lançado pré-candidatos ao Palácio Piratini.
Luis Carlos Heinze (PP)
O deputado federal Luis Carlos Heinze é o pré-candidato do PP ao governo do Estado, em um cenário com possibilidade de mais dois candidatos de centro-direita - do PSDB e do PMDB. O presidente estadual da sigla, Celso Bernardi, reconhece que os projetos de tucanos, peemedebistas e do PP são parecidos - o Partido Progressista ainda faz parte do governo José Ivo Sartori. Mas apontou a bandeira do municipalismo como um diferencial da candidatura do PP, o partido que governa o maior número de prefeituras no Estado (144). A legenda busca o apoio de partidos como o PRB e o PSDB. 
Miguel Rossetto (PT)
O PT oficializou a pré-candidatura ao Palácio Piratini do ex-ministro do Desenvolvimento Agrário do governo Dilma Rousseff (PT), Miguel Rossetto. Os petistas querem se firmar como a principal candidatura de oposição ao governo José Ivo Sartori. Conforme o presidente estadual do PT, Pepe Vargas, "a sigla vai buscar alianças com legendas de oposição ao governo de Michel Temer (PMDB) e do governador Sartori. Essas siglas são PCdoB, PDT, PSOL e Rede". O PSB também está no radar, mas os petistas só pretendem dialogar com eles se saírem da base aliada de Sartori. Contudo o PT não descarta uma chapa pura.
Roberto Robaina (PSOL)
O vereador de Porto Alegre Roberto Robaina foi escolhido como pré-candidato do partido ao governo do Estado. Robaina avalia que a candidatura do PSOL é a única que representa uma alternativa à política do "toma lá, dá cá". Com um candidato próprio ao Palácio Piratini, o PSOL quer aumentar as chances de ampliação da bancada de deputados estaduais na Assembleia Legislativa. Além disso, a candidatura de Robaina busca oferecer palanque no Rio Grande do Sul ao possível candidato a presidente da República Guilherme Boulos. O partido pretende buscar aliados não só em siglas como PCB, PSTU e PPL, mas também em movimentos sociais.
Mateus Bandeira (Novo)
O Partido Novo apresenta Mateus Bandeira - ex-presidente do Banrisul e ex-secretário do Planejamento durante o governo da tucana Yeda Crusius (2007-2010) - como pré-candidato da sigla ao Palácio Piratini. Na convenção do partido, Bandeira sustentou que seu diferencial em relação aos concorrentes é o perfil técnico - se confirmada a candidatura, será a sua primeira disputa eleitoral. Sem a previsão de formar alianças e sem o uso do fundo partidário (o Novo é um dos partidos que abre mão de receber esse recurso), a estratégia de campanha será a disseminação de conteúdos em redes sociais.