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Contas Públicas

- Publicada em 14 de Dezembro de 2017 às 22:18

Fazenda projeta alta de 1,1% do PIB em 2017

Projeção é bastante conservadora e sólida, disse Henrique Meirelles

Projeção é bastante conservadora e sólida, disse Henrique Meirelles


/WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL/JC
O Ministério da Fazenda anunciou nesta quinta-feira que revisou a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) de 0,5% para 1,1%. Para 2018, a estimativa também foi revisada, passando de um crescimento de 2% para 3%.
O Ministério da Fazenda anunciou nesta quinta-feira que revisou a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) de 0,5% para 1,1%. Para 2018, a estimativa também foi revisada, passando de um crescimento de 2% para 3%.
O ministro Henrique Meirelles defendeu que a projeção, que está acima do esperado pelo mercado - os analistas do boletim Focus esperam alta de 0,9% para este ano e de 2,6% para o ano que vem -, é "conservadora".
"É uma projeção bastante conservadora, bastante sólida. Existe um aumento da confiança muito grande, que influenciou a trajetória neste ano, com controle fiscal, aprovação do teto de gastos e aprovação das reformas, como a trabalhista", afirmou o ministro.
Meirelles declarou ainda que já há alta de investimento e aumento do consumo no País. "A inflação está controlada e a política monetária está estimulando a economia", disse. "O PIB caiu muito em 2016 e está subindo bastante em 2017. Mesmo que haja uma ascensão grande este ano, há um carregamento do ano passado que influencia a média para baixo", explicou o ministro da Fazenda.
Ele voltou a dizer que as empresas e famílias começaram o processo de desalavancagem no segundo semestre do ano passado, ao mesmo tempo em que houve a descompressão da política monetária pelo Banco Central. "Portanto, as companhias começaram a investir mais e repor capital de giro. Da mesma forma, as famílias voltaram a consumir, o que foi um impulso ao crescimento", afirmou.
O ministro declarou que o governo continua tentando a aprovação da reforma da Previdência na próxima semana. "Se porventura (a aprovação da Reforma) não for possível, esperamos que seja aprovada no início do próximo ano, entre fevereiro e março."
Meirelles declarou que a aprovação da Reforma neste ano não está totalmente incorporada pelo mercado - ou seja, há uma parcela dos investidores que já considerava a possibilidade da não aprovação. "Se a reforma for aprovada na próxima semana, será muito positivo. Caso não seja aprovada, certamente será negativo, mas é difícil mensurar quanto impacta no ano que vem", declarou.

CNI prevê expansão econômica de 2,6% no ano que vem

Para Andrade, Brasil saiu da recessão

Para Andrade, Brasil saiu da recessão


/ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL/JC
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a economia brasileira crescerá 2,6% no ano que vem, depois de um crescimento de 1,1% neste ano. Para a instituição, "a economia brasileira saiu da recessão mais profunda da sua história".
Apesar da alta, a entidade acredita que o setor industrial fechará 2017 com retração de 2,1%, a quarta queda consecutiva. Em 2018, porém, os investimentos no setor têm previsão de crescerem 4%. O consumo das famílias, projetado em 1,3% neste ano, deve apresentar expansão de 2,8% no ano que vem.
As estimativas de emprego sinalizam uma recuperação lenta, com uma taxa de desemprego anual na faixa de 11,8%, contra 12,8% estimado para este ano. A inflação deverá fechar o ano que vem em 4,4%, abaixo do centro da meta de 4,5%. Em 2017, a variação anual do IPCA é projetada em 2,9%.
A taxa básica de juros chegará ao fim de 2018 em 6,75%. O saldo da balança comercial deve alcançar US$ 54 bilhões, com exportações de US$ 228 bilhões e importações de US$ 174 bilhões. Em 2017, a estimativa é de superávit de US$ 66 bilhões.
De 2010 a 2016, a economia mundial cresceu, em média, 3,8%, enquanto os países desenvolvidos cresceram 1,9% ao ano e, os em desenvolvimento, 5,4% ao ano. O crescimento médio do Brasil no período foi de 1,4%.
Nos anos mais recentes, a situação se agravou no Brasil. De 2014 a 2018, a economia mundial deve crescer, em média, 3,5%, enquanto o Brasil deverá ter uma queda média de 0,9% ao ano.