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Economia

- Publicada em 11 de Dezembro de 2017 às 19:47

Anac critica uso de índices de inflação para avaliar regra de bagagem

As variações de preços divulgadas pela agência não são totalmente comparáveis às captadas pelos índices de inflação, disse Reis

As variações de preços divulgadas pela agência não são totalmente comparáveis às captadas pelos índices de inflação, disse Reis


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Agência Estado
O gerente de Acompanhamento de Mercado da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Cristian Vieira dos Reis, criticou a utilização dos índices de inflação do IBGE e da FGV para se fazer inferências quanto ao comportamento dos preços das passagens aéreas após o fim da franquia de bagagem. Vieira reforçou que nenhuma das instituições fez qualquer avaliação de causa e efeito da desregulamentação sobre as tarifas, as quais possuem um comportamento naturalmente errático, dificultando interpretações preliminares. "O propósito é medir inflação durante o ano, de repente foi medir efeito das bagagens?", questionou.
O gerente de Acompanhamento de Mercado da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Cristian Vieira dos Reis, criticou a utilização dos índices de inflação do IBGE e da FGV para se fazer inferências quanto ao comportamento dos preços das passagens aéreas após o fim da franquia de bagagem. Vieira reforçou que nenhuma das instituições fez qualquer avaliação de causa e efeito da desregulamentação sobre as tarifas, as quais possuem um comportamento naturalmente errático, dificultando interpretações preliminares. "O propósito é medir inflação durante o ano, de repente foi medir efeito das bagagens?", questionou.
Ainda de acordo com o representante da Anac, as variações de preços divulgadas pela agência não são totalmente comparáveis às captadas pelos índices de inflação, já que as instituições usam metodologias diferentes para apurar os resultados, além de terem objetivos distintos. "Não há um indicador melhor que o outro, cada um serve à finalidade para que foi concebido, então os resultados podem ser diferentes."
Ele destacou algumas diferenças metodológicas entre os indicadores, como o tipo de passagem considerada - o que importa para as amostras do IBGE e a FGV são as viagens destinadas a lazer, enquanto a Anac apura os preços de todos os bilhetes vendidos, desconsiderando o motivo da viagem. Vieira afirmou também que há um problema em começar a observação dos índices de preços em junho, uma vez que as informações foram coletadas 60 dias antes pelo IBGE e 30 dias antes pela FGV - portanto, em meses em que a venda de passagens sem franquia ainda não havia sido iniciada.
Outro ponto ressaltado por Cristian Vieira dos Reis é o componente da sazonalidade sobre as tarifas aéreas entre junho e setembro. "No segundo semestre do ano, vemos um comportamento histórico de elevação", observou. Ele avalia que, se a regra tivesse entrado em vigor no primeiro semestre e fosse feito esse mesmo teste, a conclusão sobre a tendência dos preços teria sido diferente.
Segundo a Anac, os preços das passagens aéreas domésticas subiram 0,1% em julho e 3,1% em agosto (em termos reais), ambas as variações ante igual mês de 2016. Já em setembro, houve queda de 5,8%. A agência não divulgou o dado acumulado do trimestre, que deve sair nas próximas semanas.
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