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Economia

- Publicada em 02 de Dezembro de 2017 às 14:50

Governo fará pente-fino para destravar reforma da Previdência

Além de entregar moradias no interior de São Paulo com Alckmin, Temer tem agenda cheia em Brasília

Além de entregar moradias no interior de São Paulo com Alckmin, Temer tem agenda cheia em Brasília


Alan Santos/PR/DIVULGAÇÃO/JC
Estadão Conteúdo
A demora do governo em atender os pleitos já prometidos durante a votação das duas denúncias contra o presidente Michel Temer emperrou de vez as negociações para a aprovação da reforma da Previdência. O governo vai fazer, agora, um último "pente-fino" para levantar as demandas específicas dos parlamentares e governadores.
A demora do governo em atender os pleitos já prometidos durante a votação das duas denúncias contra o presidente Michel Temer emperrou de vez as negociações para a aprovação da reforma da Previdência. O governo vai fazer, agora, um último "pente-fino" para levantar as demandas específicas dos parlamentares e governadores.
Com esse objetivo, o fim de semana de Temer será intenso. Além de participar de um jantar na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele está organizando um almoço para aliados no Alvorada. Para o jantar de amanhã, foram convidados os presidentes de pelo menos nove siglas.
A pressão por cargos e mais recursos aumentou as dificuldades do governo em conseguir os 308 votos favoráveis para colocar a proposta em votação na Câmara até o fim deste ano. O calendário curto é o principal adversário, e o objetivo é votar o texto "pelo menos" em primeiro turno até o dia 13 de dezembro. Sem garantia dos votos, Maia não incluiu a reforma na pauta de votações do plenário da próxima semana.
Na quinta-feira, será feita uma avaliação final do quadro para a votação. É a última cartada do governo na tentativa de votar ainda em 2017 a versão mais enxuta. "O combinado é, depois do jantar, passar segunda, terça e quarta conversando em busca de votos e, na quinta, fazer uma avaliação para ver se há como pautar ainda este ano", disse ao Estadão/Broadcast o líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP).
A avaliação do governo é que a grande resistência não é mais em relação a pontos da reforma. O grande desafio é vencer o dilema entre a convicção dos parlamentares de que a medida é necessária e a conveniência política, diante do temor do impacto eleitoral. "Temos condição de ter os votos. É uma coisa certa? Não, não é. Mas é uma coisa possível de acontecer", disse uma fonte do governo.
Confrontado pelo Palácio, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou ontem que a reforma terá o apoio de seu partido, o PSDB. A maioria dos 46 deputados tucanos, no entanto, se declara indecisa e cobra que os demais partidos da base fechem questão em torno da aprovação. Os tucanos contrários defendem que a proposta só seja votada em 2019.
Os aliados cobram a distribuição de todos os cargos que hoje são do PSDB, partido que desembarcou do governo. Eles querem, principalmente, a substituição do ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy (BA). "Tem uma série de coisas para serem cumpridas. Tem que pagar as emendas, manter compromissos que foram assumidos", disse o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP).
Senado. Outro fator que aumenta a resistência dos parlamentares são sinais emitidos pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), de que não pautará a votação da reforma antes das eleições de 2018 na Casa. A avaliação dos deputados é que eles acabarão arcando sozinhos com o desgaste de votar uma matéria impopular, sem que o Senado dê prosseguimento à proposta. Os senadores reclamam nos bastidores por se sentirem desprestigiados na reforma ministerial.
Apesar do movimento crescente na base aliada para adiar a reforma para depois da eleição, a área econômica segue afirmando que o governo continua trabalhando pela votação. O Ministério da Fazenda afirma que continua acreditando que a reforma será aprovada neste ano na Câmara.
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