Reforma da Previdência

Reformar a Previdência com idade mínima e tempo de contribuição, tudo bem. Agora querer que uma mulher (geralmente elas vivem mais que os homens) não possa acumular aposentadoria e pensão a não ser até dois salários-mínimos (hoje menos do que R$ 2 mil) é uma grande injustiça. Ambos contribuíram, marido e mulher, para ter esse direito, aposentadoria e pensão. No máximo, um desconto para 80% ou 70% da pensão, mas pudesse a mulher acumular ambas. (Anamélia Fontes Really, Porto Alegre)

Muito se fala em reforma da Previdência. Uma pena que o projeto em discussão se preocupe apenas com o trabalhador de renda mais baixa. Quero sugerir que sejam incluídas regras para a aposentadoria dos políticos. Que o tempo de atuação como "representante do povo" conte para o tempo para aposentadoria, desde que comprovada contribuição, da mesma forma como acontece com todos os trabalhadores. Que não seja possível acumular aposentadorias, podendo o interessado optar pela que lhe for mais conveniente. Não auxiliaria muito para a melhoria das finanças públicas? (Telmo J. Rohenkohl, Frederico Westphalen/RS)

Dizer em propaganda do governo federal que a reforma da Previdência visa acabar com privilégios não pode, "é uma ofensa", a Justiça proibiu. Agora chamar o presidente da República de mentiroso na questão da Previdência, pode. Dizer que o governador José Ivo Sartori (PMDB) está enganando o povo falando de crise, mas justificando com ela para "privatizar" o Estado, pode. Dizer que o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) tem dinheiro para pagar os vencimentos e o 13º e não paga porque não quer, pode! E as acusações são feitas por entidades das corporações, que têm muito dinheiro, para bancar campanhas agressivas ao extremo. Aí pode! (Ricado Dias Mansur)

O PMDB tirar o P da sigla julgando que, com isso, vai ficar revitalizado perante a opinião pública é algo quase infantil. Os brasileiros que elegeram - têm boa parte da culpa - o atual Senado, Câmara Federal, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais façam um mea culpa. Ao votar novamente, em 2018, pelo menos vamos para a renovação geral. Não que não existam bons nomes, mas, com 513 deputados federais, vira uma bagunça. (Tida Moreira, Pelotas/RS)

O cidadão comum, ao tomar conhecimento do indulto de Natal proporcionado pelo presidente Michel Temer (PMDB), beneficiando vergonhosamente os condenados por corrupção, reage de modo negativo à aprovação da reforma da Previdência. A interpretação: querem que os honestos paguem pelos prejuízos provocados por ladrões que saqueiam os cofres públicos? (Roberto Fissmer)