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A voz do Pastor

- Publicada em 20 de Dezembro de 2017 às 22:52

Natal

Natal: o sonho de Deus! Celebrar o Natal é tornar presente o evento do Deus que assume, em simplicidade e pobreza, os panos da fragilidade humana.
Natal: o sonho de Deus! Celebrar o Natal é tornar presente o evento do Deus que assume, em simplicidade e pobreza, os panos da fragilidade humana.
Num tempo em que a fantasia do Papai Noel se sobrepõe à figura do bispo Nicolau, que se destacou por caridade, carinho e cuidado para com as crianças, urge ter presente o originário sentido do espírito natalino. A celebração do Natal é marcada pela ternura, a familiaridade, a caridade, o desejo de paz e a reconciliação. Nesse contexto, são importantes os símbolos.
Símbolo especial do Natal é a representação do presépio. Sua origem remonta à história de Francisco de Assis.
Diz a história que a maior intenção, desejo principal e plano supremo de Francisco de Assis era "observar o Evangelho em tudo e por tudo, imitando, com perfeição, atenção, esforço, dedicação e fervor, os 'passos de Nosso Senhor Jesus Cristo no seguimento de sua doutrina'. Estava sempre meditando em suas palavras e recordava seus atos com muita inteligência. Gostava tanto de lembrar a humildade de sua encarnação e o amor de sua paixão que nem queria pensar em outras coisas.
Precisamos recordar, com todo respeito e admiração, o que fez no dia do Natal, no povoado de Greccio, três anos antes de sua gloriosa morte. Havia, nesse lugar, um homem chamado João, de boa fama e vida ainda melhor, a quem São Francisco tinha especial amizade, porque, sendo muito nobre e honrado em sua terra, desprezava a nobreza humana para seguir a nobreza de espírito. Uns 15 dias antes do Natal, São Francisco mandou chamá-lo, como costumava, e disse: 'Se você quiser que nós celebremos o Natal de Greccio, é bom começar a preparar diligentemente e desde já o que eu vou dizer. Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e ver com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro'. Ouvindo isso, o homem bom e fiel correu imediatamente e preparou o que o santo tenha dito, no lugar indicado.
Aproximou-se o dia da alegria e chegou o tempo da exultação. De muitos lugares foram chamados os irmãos: homens e mulheres do lugar, de acordo com suas posses, prepararam, cheios de alegria, tochas e archotes para iluminar a noite que tinha iluminado todos os dias e anos com sua brilhante estrela. Por fim, chegou o santo e, vendo tudo preparado, ficou satisfeito. Fizeram um presépio, trouxeram palha, um boi e um burro. Greccio tornou-se uma nova Belém, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade. A noite ficou iluminada como o dia e estava deliciosa para os homens e para os animais. O povo foi chegando e se alegrou com o mistério renovado em uma alegria toda nova. O bosque ressoava com as vozes que ecoavam nos morros. Os frades cantavam, dando os devidos louvores ao Senhor, e a noite inteira se rejubilava.
O santo (...) cantou com voz sonora o santo Evangelho. (...) Quando terminou a vigília solene, todos voltaram contentes para casa.
(...) Guardaram a palha usada no presépio para que o Senhor curasse os animais, da mesma maneira que tinha multiplicado sua santa misericórdia. (...) O lugar do presépio foi consagrado a um templo do Senhor (1 Celano, 30)".
Que neste tempo santo do Natal nos deixemos novamente contemplar pelo menino de Belém e, assim, ser tocados pelo seu amor e ternura. Um santo Natal!
 
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