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Empresas & Negócios

- Publicada em 12 de Dezembro de 2017 às 15:27

O futuro da água

As crises no abastecimento de água no Brasil acontecem em velocidade e gravidade crescentes. Essa escalada vai ao encontro das estatísticas da alemã Munich Re, uma das maiores resseguradoras do mundo, de que a frequência dos eventos climáticos extremos com perdas econômicas cresceu cerca de 3,0 vezes desde 1990 e, segundo o Fórum Econômico Mundial, causam um prejuízo anual de US$ 1,3 trilhão.
As crises no abastecimento de água no Brasil acontecem em velocidade e gravidade crescentes. Essa escalada vai ao encontro das estatísticas da alemã Munich Re, uma das maiores resseguradoras do mundo, de que a frequência dos eventos climáticos extremos com perdas econômicas cresceu cerca de 3,0 vezes desde 1990 e, segundo o Fórum Econômico Mundial, causam um prejuízo anual de US$ 1,3 trilhão.
Dados do Worldwatch Institut (WWI) apontam que o número de habitantes perto de 9 bilhões em 2030 demandará 50% a mais de alimentos, 40% a mais de energia e 30% de água. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a demanda por água deverá superar a oferta em 40%.
Embora consuma cerca de 20% da água utilizada no mundo, em comparação aos 70% da agricultura irrigada, o setor industrial busca soluções. A água de reúso industrial, a partir do esgoto tratado com tecnologia avançada, cresce entre grandes empresas. Uma delas é a Braskem que, em parceria com a Odebrecht Ambiental e a Sabesp, viabilizou o Projeto Aquapolo, no ABC Paulista, do qual consome 65%. A iniciativa ampliou o índice da água de reúso da Braskem na região para 97% do total.
Mas é preciso debater políticas públicas que incentivem o reúso de água de chuva, de esgoto doméstico e efluente tratado, de água dessalinizada. Um exemplo é o Movimento Menos Perda Mais Água, da Rede Brasil do Pacto Global, ligado à ONU. Ele visa ao engajamento no controle e redução das perdas de água tratada na distribuição, que chega a média de 37% no País. Começa por reduzir a pressão, passa por estabelecer sistemas de micro e macromedição para alertar sobre vazamentos até fazer a troca progressiva da rede física de distribuição. Tubos de polietileno de alta densidade e de policloreto de vinila - PVC têm se mostrado alternativas mais eficientes, duráveis e competitivas.
A Sanasa, operadora de Campinas (SP), reduziu o Índice de Perdas na Distribuição de 37,7% para 21,6%, um dos menores do País, e economizou 454 milhões de m3 de água. A melhoria da eficiência no uso da água é possível, mas passa pela cooperação de todos para produzir uma solução na velocidade e na escala necessárias.
Gerente de Desenvolvimento Sustentável da Braskem
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