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Partidos

- Publicada em 30 de Novembro de 2017 às 17:59

Alckmin vai assumir PSDB com menos poderes

Geraldo Alckmin articula para que não sejam realizadas prévias

Geraldo Alckmin articula para que não sejam realizadas prévias


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Futuro presidente do PSDB, o governador Geraldo Alckmin deve assumir o comando da sigla com menos poderes que o antecessor Aécio Neves (PSDB-MG). Uma das principais mudanças na proposta de novo estatuto do partido, discutida nesta quinta-feira em reunião da Executiva da legenda, será tirar do futuro presidente o poder de definir para onde vão os recursos do fundo partidário, cerca de R$ 90 milhões por ano, e do fundo eleitoral, que deve ultrapassar esse valor. O novo presidente também não poderá ser reeleito além do mandato de dois anos. O objetivo é acabar com a reeleição para o mesmo cargo na Executiva.
Futuro presidente do PSDB, o governador Geraldo Alckmin deve assumir o comando da sigla com menos poderes que o antecessor Aécio Neves (PSDB-MG). Uma das principais mudanças na proposta de novo estatuto do partido, discutida nesta quinta-feira em reunião da Executiva da legenda, será tirar do futuro presidente o poder de definir para onde vão os recursos do fundo partidário, cerca de R$ 90 milhões por ano, e do fundo eleitoral, que deve ultrapassar esse valor. O novo presidente também não poderá ser reeleito além do mandato de dois anos. O objetivo é acabar com a reeleição para o mesmo cargo na Executiva.
Um valor simbólico, em torno de R$ 50 mil por mês, fica a cargo do presidente para despesas de administração, mas o orçamento anual será atribuição da Executiva Nacional. O esboço do novo estatuto, coordenado pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e que deve ser aprovado num congresso ainda sem data definida, também garante a realização de prévias para a escolha do candidato do partido a presidente em 2018. A proposta do novo código de ética prevê a contratação de um oficial de compliance, mas o formato ainda divide os tucanos.
Pelas regras da criação do fundão eleitoral, caberia ao presidente dos partidos definir a destinação dos recursos para os candidatos . Mas a proposta do PSDB é delegar a elaboração do orçamento anual para os 21 membros da Executiva nacional, que deverá ser presidida por Alckmin.
"Hoje o orçamento anual do PSDB é definido pelo presidente do partido. Agora terá que passar pela Executiva todo o planejamento orçamentário, tanto dos recursos do fundo partidário, que dá cerca de R$ 7 milhões por mês. Quanto mais se recebe dinheiro público, maior tem que ser a transparência. Até R$ 50 mil por mês o presidente pode usar sem passar por autorização da Executiva, para os gastos do dia a dia", explicou o deputado Carlos Sampaio.
Embora Alckmin articule para não haver prévias, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, não abre mão de disputar com ele a indicação. Virgílio quer que no formato das prévias sejam realizados 10 debates entre os dois candidatos em todas as cinco regiões do País, antes da escolha.
"Se tiver mais de um candidato, vai ter prévias. O formato ainda vai ser definido", confirmou o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).
Sobre a proposta de se adaptar a experiência empresarial de melhoria de gestão, o compliance, para o partido, há ainda muitas dúvidas e isso ainda vai ser debatido melhor até a realização do congresso nacional.
A ideia é ter um comitê de compliance para auditar as ações do partido dentro de regras claras de ética, anti-corrupção, por exemplo. O oficial de compliance não pode ser filiado nem ter parentes filiados ao partido.
"Todo mundo é a favor de uma ação agressiva de transparência depois de tudo que aconteceu. Mas como diria Guimarães Rosa, o diabo mora nos detalhes. O problema é a formatação disso", disse Pestana.

Partido está pacificado, avalia o prefeito João Doria, durante visita a São Luís do Maranhão

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou, nesta quinta-feira, em visita a São Luís, que o clima no PSDB nacional "está pacificado".
"Desde a semana passada o partido está pacificado em torno do nome do governador Geraldo Alckmin (SP). Ele deve ser presidente do partido e nosso candidato a presidente do Brasil."
Ele também relembrou dos tempos em que foi membro do governo Sarney, no comando da Embratur, e disse estranhar a aliança entre tucanos e comunistas no estado, governado por Flavio Dino (PCdoB).
Doria foi ao Maranhão a convite da Fiema (Federação das Indústrias no Maranhão). Além de dar entrevistas a programas de rádio e televisão, e participar de almoço com empresários locais, o prefeito também ministrou palestra em uma universidade local.
Sobre a crise que tem afetado o seu partido nas últimas semanas, o prefeito se disse sossegado. Em relação ao correligionário Arthur Virgílio, que também pretende disputar a presidência pelo PSDB em prévias contra Alckmin, Doria foi evasivo. "Acredito que ele irá tomar a decisão acertada."
O prefeito também fez questão de frisar seu apoio ao governo de Michel Temer (PMDB). "Não tenho vergonha de falar que este governo (Temer) faz o que precisa ser feito. Está conduzindo reformas que são muito úteis para o Brasil e é um governo comprometido com o crescimento."
Doria aproveitou a agenda para visitar a ex-governadora Roseana Sarney pela manhã. Disse se tratar apenas de uma visita de cortesia. "Eu conheço a governadora de muitos anos, tenho uma boa relação com ela. Eu fiz parte do governo Sarney, fui presidente da Embratur. Tive o prazer de reencontrá-la."
A aliança entre tucanos e comunistas no Maranhão, já que o vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), faz parte do governo de Flávio Dino, também foi questionada ao prefeito.