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Política

- Publicada em 29 de Novembro de 2017 às 16:20

PSDB sai da base do governo, afirma Padilha

Peemedebista espera manter projeto único para 2018; 'problema do presidente Temer', alfineta Goldman

Peemedebista espera manter projeto único para 2018; 'problema do presidente Temer', alfineta Goldman


/ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL/JC
Um dia depois de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e futuro presidente do PSDB, sinalizar desembarque do governo de Michel Temer (PMDB), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), não esperou nem os três ministros tucanos deixarem o Planalto para dizer que a sigla não faz mais parte da base aliada. No entanto Padilha também disse ontem que conta com os tucanos para aprovar a reforma da Previdência, e que não vê problemas de o presidente Temer manter ministros tucanos, por meio de cota pessoal.
Um dia depois de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e futuro presidente do PSDB, sinalizar desembarque do governo de Michel Temer (PMDB), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), não esperou nem os três ministros tucanos deixarem o Planalto para dizer que a sigla não faz mais parte da base aliada. No entanto Padilha também disse ontem que conta com os tucanos para aprovar a reforma da Previdência, e que não vê problemas de o presidente Temer manter ministros tucanos, por meio de cota pessoal.
"O PSDB não está mais na base do governo. Vamos fazer de tudo para manter base de sustentação do governo e projeto único de governo para 2018. O PSDB já disse que vai sair", afirmou o peemedebista após convocar a imprensa para apresentar programas de tecnologia dos ministério.
O presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, reagiu com irritação às declarações do ministro Padilha de que o PSDB não faz mais parte do governo. Goldman já tinha dito antes que, após o desembarque, se o presidente Michel Temer decidisse manter no governo algum ministro ou ocupantes de outros cargos em sua cota pessoal, o partido não iria ser obstáculo. "Problema do Padilha e, mais, do presidente Temer", reagiu Goldman ao comentar as declarações do chefe da Casa Civil.
No começo do mandato de Temer, em maio do ano passado, Alckmin havia sido contra a participação dos tucanos no governo. Há alguns meses, o governador de São Paulo passou a defender a saída da base - incluindo entrega de cargos. Nesta terça-feira, ele voltou a defender saída da gestão Temer, dizendo que "sempre" foi contra "participar do governo".
Apesar de prever a saída da legenda do governo, Padilha diz acreditar que a sigla dará ao Planalto votos a favor da reforma previdenciária - o carro-chefe da gestão Temer nas medidas econômicas do Congresso, emperrado há sete meses na Câmara. Padilha argumenta que a "história" e "tradição" do PSDB a favor da reforma da Previdência devem superar a decisão de permanecer ou não no governo.
"Circunstâncias propostas momentaneamente, ao meu juízo, não alteram a história do PSDB em relação à Previdência Social. Deverá haver debate no PSDB em razão da sua história, independentemente de estar no governo ou não. É pela sua história. Contamos que isso (apoio à reforma da Previdência) venha a acontecer", disse o chefe da Casa Civil, que ainda cobrou que Alckmin faça uma "manifestação objetiva" em relação à proposta de mudança nas aposentadorias.
Além de contar com votos para a reforma, Eliseu Padilha sustentou que não há problemas na continuidade de ministros do PSDB na Esplanada dos Ministérios. No mês passado, o deputado tucano Bruno Araújo saiu da chefia do Ministério das Cidades e se iniciou uma tentativa de reforma ministerial.
Antonio Imbassahy (PSDB), que é ministro dentro do Palácio do Planalto e cuida da articulação política, chegou a ter substituição confirmada na semana passada, mas o governo recuou. Padilha disse ainda que haveria "constrangimento", contudo, se esses ministros continuassem defendendo o partido. 
"Uma coisa é ministro estar no governo representando o partido. Aí, acho que haveria um constrangimento", declarou, completando: "Outra coisa é o presidente, em cota pessoal, decidir manter o quadro. Não vejo nenhuma incompatibilidade".
Na esteira do rompimento do PSDB com o governo Temer, Padilha também mencionou negociações para as eleições do ano que vem. Segundo ele, o governo "não exclui ninguém" nesses acordos pré-eleitorais, mas há a condição de que o legado da gestão Temer seja defendido. Perguntado especificamente sobre os tucanos, Padilha não respondeu. "Uma candidatura que defenda o legado do presidente. Não se exclui ninguém. Temos uma condição: aquele candidato que defenda o legado do presidente Temer poderá ter apoio do PMDB", afirmou Padilha.
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