A maioria da 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro defendeu revogar o recolhimento domiciliar da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo e determinou nesta quinta-feira o restabelecimento da prisão preventiva contra ela.
Três dos cinco juízes federais já votaram defendendo a tese de que Adriana deve ficar presa para garantia da ordem pública e da instrução criminal. Ela está desde março recolhida em casa, no bairro Leblon, zona Sul do Rio, por decisão liminar da ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça. Com a decisão, ela deve ser levada para cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, onde estão os ex-governadores Sérgio Cabral (PMDB), seu marido, Anthony e Rosinha Garotinho, ambos do PR. A prisão ganhou no mês passado uma ala feminina destinada a detentas com diploma.
Adriana Ancelmo já foi condenada a 18 anos na ação penal da Operação Calicute, e responde a outras três ações penais. Ela foi responsabilizada pela lavagem de dinheiro da organização criminosa por meio de joias e seu escritório de advocacia.
Ela foi presa preventivamente em dezembro de 2016 por ordem do juiz Marcelo Bretas. O mesmo magistrado, em março, permitiu o recolhimento domiciliar sob o argumento de que ela tinha filhos menores de 12 anos, que não poderiam ser privados do convívio da mãe.