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Política

- Publicada em 09 de Novembro de 2017 às 19:51

Para The Economist, Bolsonaro quer reprisar Trump

Reportagem publicada na edição desta semana da revista britânica The Economist afirma que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) "quer ser um Donald Trump brasileiro", mas com uma retórica ainda mais "indecorosa". Com o título "Ele não é o messias. Ele é um garoto muito levado", a reportagem questiona: "Um demagogo como Jair Bolsonaro pode ser o próximo presidente?". O texto classifica o parlamentar como um "nacionalista religioso, anti-gay, pró-armas e defensor da ditadura, que matou e torturou brasileiros entre 1964 e 1985".
Reportagem publicada na edição desta semana da revista britânica The Economist afirma que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) "quer ser um Donald Trump brasileiro", mas com uma retórica ainda mais "indecorosa". Com o título "Ele não é o messias. Ele é um garoto muito levado", a reportagem questiona: "Um demagogo como Jair Bolsonaro pode ser o próximo presidente?". O texto classifica o parlamentar como um "nacionalista religioso, anti-gay, pró-armas e defensor da ditadura, que matou e torturou brasileiros entre 1964 e 1985".
A Economist acompanhou a chegada de Bolsonaro ao aeroporto de Belém (PA), onde ele foi recebido por centenas de apoiadores "como se fosse um herói voltando para casa", segundo a publicação.
A revista lembra que, se a eleição presidencial fosse realizada agora, o ex-capitão do Exército seria o segundo colocado, atrás apenas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com pesquisa do Ibope. Mas pondera que o resultado não é confiável, faltando tanto tempo para a votação, e que o eleitorado de Bolsonaro pode não estar consolidado.
A reportagem lembra que Bolsonaro dedicou seu voto a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra - apontado pela publicação como "torturador-chefe da ditadura" - e que, em 2014, disse a uma parlamentar que não iria estuprá-la porque ela não merecia - numa referência ao ataque verbal à deputada federal gaúcha Maria do Rosário (PT), razão pela qual Bolsonaro foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Economist considera que o parlamentar fala pouco sobre o que faria, se fosse eleito presidente, além de "restaurar a lei e a ordem"; e lembra que, em entrevista recente à agência Bloomberg, ele admitiu ter conhecimentos superficiais sobre economia.
O texto continua dizendo que Bolsonaro defende o relaxamento dos mecanismos de controle de armas, a restrição dos investimentos chineses no Brasil e uma aproximação com o governo de Donald Trump, nos Estados Unidos.
Insatisfeitos com a economia, a criminalidade e a corrupção podem aderir à candidatura do deputado, na avaliação da revista, que lembra que a taxa de desemprego no Brasil chega a 12,4% e que as taxas de homicídios estão em elevação no País. A publicação afirma que o pré-candidato está apostando no poder das redes sociais, nas quais tem 4,8 milhões de seguidores no Facebook.
A revista britânica considera, no entanto, que o entusiasmo em torno do pré-candidato pode diminuir se a economia brasileira der sinais de recuperação e quando os eleitores começarem a prestar mais atenção à campanha, mas avalia que o segundo lugar de Jair Bolsonaro diz muito sobre o estado de espírito "turbulento" dos brasileiros na época eleitoral no País.
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