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Política

- Publicada em 09 de Novembro de 2017 às 18:53

Ronaldo Nogueira é solidário à ministra que citou escravidão em pedido de salário

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB), responsável por iniciativas de combate ao trabalho escravo, saiu em defesa, na quarta-feira, da ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB).
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB), responsável por iniciativas de combate ao trabalho escravo, saiu em defesa, na quarta-feira, da ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB).
Em solicitação feita ao governo federal, na qual pediu para acumular o salário mensal com a aposentadoria de desembargadora, ela afirmou que a atividade executada sem a contrapartida "se assemelha a trabalho escravo".
Ao ser questionado em entrevista se a comparação da ministra foi justa, Nogueira afirmou que talvez tenha havido uma interpretação equivocada e disse que é necessário "manifestar solidariedade a ela". "Talvez foi uma manifestação que houve uma interpretação equivocada. Ela é uma pessoa maravilhosa, tem uma vida marcada por uma dedicação. Precisamos manifestar nossa solidariedade a ela, pela história da ministra", disse.
Com a repercussão negativa da declaração, Luislinda desistiu da solicitação. A ministra é a única negra no primeiro escalão do governo federal e foi autora da primeira sentença de condenação por racismo, em 1993.
A declaração fortaleceu a reivindicação de partidos do chamado Centrão, como PTB, PP e PR, pelos cargos tucanos na Esplanada dos Ministérios.
Na entrevista, Nogueira afirmou que, ainda neste mês, será publicada nova portaria com mudanças nas regras para inspeção do trabalho escravo.
O texto anterior causou polêmica e levou o governo Michel Temer (PMDB) a anunciar uma revisão. Segundo Nogueira, a portaria anterior teve origem no Ministério do Planejamento, e o novo dispositivo aumentará o número de inspeções e dará mais segurança jurídica para atuação dos inspetores.
O ministro do Trabalho defendeu que, além de penas administrativas, os responsáveis por atividades irregularidades respondam criminalmente. "No meu entendimento, a barbárie da escravidão não deve ser punida só com pena administrativa. Deve responder criminalmente, com pena pesada. Não é com imposição de pagamento de transição de pena, que você vai punir o escravocrata", disse.
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